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Giro
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Suzano Papel e Celulose conclui
aquisição da Futuragene
A Suzano Papel e Celulose concluiu a aqui-
sição da Futuragene, empresa que atua na
pesquisa e desenvolvimento de biotecno-
logia direcionada aos mercados de cultu-
ras florestais e biocombustíveis. Com essa
operação, a Suzano reforça sua aposta no
desenvolvimento de tecnologias sustentá-
veis com forte orientação ambiental para
o atendimento das crescentes demandas
por maior produtividade e qualidade das
fibras de eucalipto, além
de melhor utilização de
recursos naturais, como
terra, recursos hídricos
e maior absorção de car-
bono da atmosfera.
Em seus 86 anos de tra-
jetória, a Suzano sem-
pre manteve a inovação
em seu DNA. A empresa
foi pioneira no desen-
volvimento de celulose
branqueada a partir do
eucalipto, em 1957, mar-
cando a última grande
mudança no setor que,
anos depois, elevaria o
Brasil a uma das maio-
res potências mundiais
dessa indústria.
“Com mais de três décadas de pesquisas
e desenvolvimento, a Suzano formou uma
das bases genéticas de eucalipto com
maior produtividade florestal do mundo
e potencial para ser adaptada a diversas
condições de solo e clima, bem como para
diferentes usos finais, tais como a produ-
ção de celulose”, diz André Dorf, diretor
executivo de estratégia e novos negócios.
Desde 2001, a empresa mantinha acordo
de cooperação tecnológica com a Futura-
gene, que tem o incremento de produtivi-
dade florestal para o processo industrial
como uma das tecnologias mais avança-
das de seu portfólio.
Com competências complementares en-
tre as empresas, a aquisição permitirá
a criação de sinergias relevantes para o
desenvolvimento da produtividade flo-
restal. “Acreditamos que a biotecnologia
pode ser uma ferramenta para manter
nossa competitividade e sustentabilidade
no longo prazo”, afirma Dorf. Os benefí-
cios da biotecnologia não se limitam aos
ganhos em silvicultura, mas também da
maior produtividade florestal, que in-
cluem menor investimento em terras e
plantios com características específicas
adequadas ao processo produtivo, como
maior conteúdo de fibra e maior resis-
tência às doenças.
Além dos negócios florestais, principal
atividade da Suzano, algumas tecnolo-
gias que estão no portfólio da Futuragene
podem ser usadas para outras culturas,
como, por exemplo, o algodão, o milho e
outras espécies, principalmente no que
se refere a bioenergia e biocombustível.
A Suzano vai avaliar qual o melhor modelo
de negócio para cada uma dessas tecno-
logias e tomar as decisões de acordo com
o grau de maturidade de
cada uma, o que será pre-
ciso para desenvolvê-la até
o ponto de comercialização
e o alinhamento com a es-
tratégia da empresa.
“Em linha com as legis-
lações de biossegurança
mais avançadas do mundo,
o Brasil exige que se façam
testes rigorosos antes de
liberar o plantio comercial
de organismos genetica-
mente modificados. Por
isso, nos próximos anos
vamos centrar esforços na
etapa experimental contan-
do com o time de mestres
e doutores de nosso Centro
de Tecnologia em Itapetininga (SP) e da
Futuragene”, explica o diretor da Suzano.
Essa aquisição contribui para o processo
de internacionalização da Suzano, que
passará a operar centros de pesquisa
em Israel e na China e experimentos em
campo em Israel, Estados Unidos, China
e sudeste asiático, além de já possuir es-
critórios comerciais para a venda de pa-
pel e celulose na China, Estados Unidos,
Europa e Argentina.