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Reportagem especial
- O papel da impressão
variar todas as páginas de um documento, bem como a
eficiência de suas cadeias de suprimento e operações,
continua a fazer a impressão relevante e poderosa.”
Faria decreta: “São tecnologias diferentes e acredita-
mos que, assim como há leitores digitais, haverá sempre
leitores do produto impresso. A fascinação pelo livro, a
facilidade de transportar e ler em qualquer lugar, sempre
estará presente nas pessoas. Um livro é utilizado nor-
malmente por mais de uma pessoa e, além disso, o papel
é inquestionavelmente menos poluente do que baterias
de lítio. Outro fato pouco difundido é que o papel utiliza-
do em impressão provém 100% de matas de reflores-
tamento. A Heidelberg, por sua vez, tem trabalhado em
projetos para fornecer produtos que consumam o míni-
mo de água, energia e químicos.” Magalhães lembra o
mercado que a impressão digital também é feita no pa-
pel, e o eletrônico será apenas mais um complemento.
“Não vejo em curto prazo pessoas lendo livros de muitas
páginas na tela do computador”, acredita.
Após a exposição das opiniões dos entrevistados é pos-
sível concluir que no mercado brasileiro, e mundial, por-
que não, há infinitas possibilidades de crescimento. A
indústria gráfica tende a crescer assim como a leitura
virtual também. Pode até ser paradoxal, mas há sinergia,
sim, entre os mundos que antes pareciam oponentes.
Comprovadamente faltam plataformas para os e-books
no Brasil, especificamente. De acordo com Ednei Pro-
cópio, editor, sócio e fundador da Giz Editorial (
), membro da Comissão do Livro
Digital da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e criador
do site
, ainda é necessário
fixar um formato de arquivo convergente – vários lei-
tores têm seus próprios formatos –, incentivar a vinda
e a criação de aparelhos leitores de e-books, além de
oferecer uma maior quantidade e qualidade de livra-
rias e bibliotecas eletrônicas. Nesse quesito, o voto de
minerva vai para a indústria gráfica digital ou conven-
cional de impressão.