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acontece
no mercado
Vitopel e UFSCar assinam contrato de cooperação tecnológica sobre o
papel sintético feito de plásticos reciclados
A Vitopel e a Universidade de São Carlos (UFSCar) assinaram contrato para exploração comercial e licenciamento de patente do Vitopaper,
papel sintético feito de diversos tipos de plásticos reciclados, um desenvolvimento conjunto entre a indústria e a universidade. A assinatura
do contrato se deu em São Carlos, na sede da UFSCar.
Segundo o presidente da Vitopel, José Ricardo Roriz Coelho, a parceria entre universidade e indústria deve sempre ser incentivada. “Ações
como essa servem para fomentar o desenvolvimento e a competitividade para o País”, afirma o executivo.
Para Sérgio Fernandes, diretor industrial da empresa, a parceria agregou a tecnologia da Vitopel no desenvolvimento de filmes biorienta-
dos com uma ideia inovadora dos pesquisadores da UFSCar em compatibilizar as propriedades dos diversos plásticos. “O resultado dessa
união de forças é um produto inovador com características sustentáveis, boa performance na aplicação e que traz um benefício direto à
sociedade”, completou Fernandes.
O Vitopaper foi desenvolvido após três anos de pesquisas. Trata-se de um papel sintético que tem como diferencial ser resultado da re-
ciclagem de diferentes tipos de plásticos (PP, PE, EPS, entre outros). Esses plásticos são coletados no pós-consumo, como embalagens
plásticas, rótulos e sacolas plásticas. “Para cada tonelada de Vitopaper produzido, retiramos das ruas e lixões cerca de 850 quilos de
resíduos plásticos”, destaca o presidente da Vitopel.
Sua fabricação utiliza a mesma tecnologia aplicada na produção de filmes flexíveis de polipropileno – usados em rótulos, embalagens
de alimentos e bebidas, pet food, indústria gráfica, entre outros. O resultado é um material de alta qualidade visual, resistente, similar ao
papel couché, de textura agradável ao toque e extremamente resistente (não rasga, não molha), que permite a escrita manual com caneta
de diversos tipos ou lápis, além da impressão pelos processos gráficos editoriais usuais, como offset plana ou rotativa.
Outra vantagem do produto é no processo de impressão, que absorve menos tinta, gerando uma economia ao redor de 20% em relação a
outros materiais. E, por ser de plástico, o Vitopaper também é reciclável. Todas essas características capacitam o Vitopaper a ser utilizado
para impressão de livros técnicos e científicos, livros didáticos, livros de arte, material corporativo institucional (relatório anual de empre-
sas), peças para o mercado promocional e de comunicação visual. O produto foi lançado no mercado em meados de 2009 e, de lá para cá,
a Vitopel produziu mais de mil toneladas desse papel. Este ano, o trabalho da empresa foi no sentido de triplicar a produção.