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ARTIGO
GRAPHPRINT OUT/10
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Estive recentemente assistindo algumas palestras
no seminário “Inter Business Brasil”, realizado em
São Paulo, com a participação de diversos fabri-
cantes de matérias-primas do mercado de autoa-
desivos, bem como vários convertedores. Uma das
palestras que me chamaram bastante atenção foi
a do conhecido designer e professor José Luiz de
Paula Jr., que falou sobre os novos conceitos de in-
terpretação e percepção de marca. Não precisamos
nem citar Nestlé, Kodak, DuPont e McDonald’s, para
não falar de Coca-Cola, que são conhecidas de to-
dos vocês.
Nossos clientes são sempre influenciados direta
ou indiretamente sobre o poder das marcas. De-
cisões diárias sobre a impressão dos produtos de
nossos clientes, desde as mais simples até as mais
complexas e caras, são influenciadas pelas marcas
divulgadas na mídia ou nos próprios produtos dos
concorrentes. Na maioria das vezes esse processo
é inconsciente, ou seja, nossos clientes, no papel
de consumidores, compram um serviço gráfico
sem se dar conta do peso da marca no processo
decisório. Quando pensamos em editorial, logo nos
vem à mente Abril, Prol, Ibep, etc. Já na área de em-
balagens, pensamos em Brasilgráfica, Magistral,
Gonçalves, Antilhas e outras, sempre em função do
segmento de mercado. Na área promocional, temos,
por exemplo, a Burti, Ipsis, Pancrom, Santa Marta,
Grafitusa, GSA, Stilgraf e muitas outras. Na área de
rótulos autoadesivos, marcas bastante fortes são a
Mak Kolor e a Novelprint, entre outras. Poderíamos
citar ainda muitas empresas de qualidade no nosso
ramo, porém ficaríamos presos a uma lista de no-
mes de empresas.
A marca da sua gráfica é um ativo da empresa e
seu valor é considerado em operações de venda ou
fusão. Algumas marcas são mais valiosas que o pró-
prio ativo físico patrimonial (não no caso da maioria
A vida abre todas as
portas para você...
Por Thomaz Caspary *
das empresas gráficas). As marcas são mais do que
produtos e estão presentes na mente dos consumi-
dores. Poderíamos pensar que a construção de uma
marca seja um trabalho de décadas, mas com a atu-
al tecnologia isso pode ser um trabalho de apenas
alguns anos e poderá custar muito menos do que
pensamos, ou seja, construir uma marca está hoje
ao alcance de pequenas e médias gráficas. Para ini-
ciar a construção de uma marca é necessário que a
gráfica conheça pelo menos três pontos básicos:
• O perfil de seu público alvo.
• Uma linguagem de comunicação condizente com
seu público alvo.
• A identificação dos meios para comunicar sua
mensagem ao seu público alvo.
Certos pressupostos, como impressos e serviços
de qualidade, ética, respeito ao consumidor, assis-