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Diagnóstico
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em 28,5%. Além disso, a produção de papéis para embalagens
registrou aumento de 6,5%, e crescimento das vendas domésticas
de 11,1%, se comparadas aos sete primeiros meses de 2009. Os
resultados também são positivos em relação aos papéis de impri-
mir e escrever, para fins sanitários e de imprensa.
tradicionais e, também, seguindo as melhores práticas ambien-
tais”, ressalta Elizabeth.  Segundo ela, a conjuntura é favorável,
pois o período de investimentos coincide com perspectivas oti-
mistas para a economia nacional. “O setor viverá o ciclo mais im-
portante das últimas décadas. Para isso, porém, é preciso garantir
o aumento da competitividade”, avalia.
Nesse sentido, a Bracelpa está elaborando uma agenda para ser
debatida com o próximo governo. A principal reivindicação é a de-
soneração dos investimentos – hoje da ordem de 17%. A medida é
essencial para que as empresas tenham isonomia em relação aos
países concorrentes, que não os tributam. Outra questão funda-
mental é a criação de uma política pública de incentivo à expan-
são da base florestal plantada pelos setores de celulose a papel,
siderurgia e madeireiro, entre outros, por meio da aquisição de
créditos de carbono florestal. “O potencial de absorção de dióxido
de carbono da natureza pelas florestas plantadas – que tem ge-
rado oportunidades no campo das negociações climáticas – tam-
bém tem sido reconhecido pelo governo. A medida poderá gerar
emprego e renda”, explica a presidente executiva da Bracelpa.
Demanda de celulose na Europa e EUA e
de papel cartão no mercado doméstico
são destaques de agosto
O setor de celulose e papel mantém tendência de recuperação e
resultados positivos no período, com receita de exportações de
US$ 4,4 milhões – montante 41,3% maior que o valor registrado
entre janeiro e agosto do ano passado –, aumento nos volumes
produzidos e embarcados, além de bom desempenho no mercado
doméstico, impulsionado pelas encomendas de final de ano.
Até agosto, a produção de celulose totalizou 9,2 milhões de tone-
ladas, 7,7% acima do que foi produzido nos primeiros oito meses
de 2009, quando o setor fabricou 8,6 milhões de toneladas. As
exportações do insumo cresceram 2,7% ante os resultados do
mesmo período do ano anterior – passando de 5,3 milhões de
toneladas para 5,5 milhões –, resultante da melhora da deman-
da da Europa e América do Norte. A receita de exportações de
celulose para essas regiões acumula aumento, respectivamente,
de 72,4% e de 52% em relação ao total exportado entre janeiro
e agosto de 2009.
Em relação ao segmento de papel, a produção subiu 5,8% até
agosto deste ano em comparação aos resultados do mesmo pe-
ríodo de 2009, passando de 6,1 milhões de toneladas para 6,5
milhões. O aumento do consumo no mercado doméstico tem co-
laborado para os bons resultados das vendas internas do produto,
sobretudo de papel cartão, que no acumulado do ano teve cres-
cimento próximo a 27% ante o mesmo período de 2009, e dos
papéis para embalagem, cujas vendas foram 11,4% superiores às
realizadas entre janeiro e agosto passados.
15 Países Maiores Produtores de Celulose
PAÍS
PRODUÇÃO (1000t)
VARIAÇÃO (%)
2008
2009
09/08
1. Estados Unidos
51.479
48.329
-6,1
2. China
21.477
20.813
-3,1
3. Canadá
20.299
17.079
-16,1
4. Brasil
12.802
13.735
7,3
5. Suécia
12.071
11.463
-5,0
6. Finlândia
11.720
9.003
-23,2
7. Japão
10.670
8.506
-20,3
8. Rússia
7.430
7.235
-2,6
9. Indonésia
6.259
5.971
-4,6
10. Chile
4.985
5.000
0,5
11. Índia
3.662
3.803
3,8
12. Alemanha
2.902
2.542
-12,4
13. Portugal
2.369
2.182
-7,9
14. França
2.284
1.784
-21,9
15. África do Sul
1.837
1.774
-3,4
Investimentos
Nos próximos dez anos, a indústria brasileira de celulose e papel
investirá cerca de US$ 20 bilhões visando ao aumento da base
florestal de 2,2 milhões de hectares para 3,2 milhões de hectares.
Também estão previstas a construção de novas unidades e a mo-
dernização de fábricas, o que permitirá elevar a produção anual de
celulose em 57% até 2020, passando de 14 milhões de toneladas
para 22 milhões de toneladas, e a de papel em 34%, elevando a
produção anual de 9,5 milhões de toneladas para 12,7 milhões de
toneladas.
“É um investimento arrojado. O Brasil quer se posicionar como o
terceiro produtor mundial de celulose, baseado nas perspectivas
de crescimento econômico do Brasil, no aumento da demanda dos
mercados emergentes, na retomada do consumo em mercados