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GRAPHPRINT DEZ 10
EDITORIAL
O sino soa, o voo voa
e a indústria sua
Turbinas ligadas, a arrancada é certa. Decolamos com destino ao país
da indústria gráfica 2010, já sabedores da autonomia que tínhamos.
Nas primeiras horas, descobrimos, por meio da Associação Brasileira
da Indústria Gráfica, a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geo-
grafia e Estatística (IBGE), que a indústria brasileira cruzou o horizonte
com um crescimento de produção de 6,22%, no acumulado de janeiro
a setembro de 2010. O GPS avisa ainda que nos últimos 12 meses – de
outubro/09 a setembro/10 – nosso avião avançou 6,52%.
Querendo entrar na primeira classe, a balança comercial da indústria
mostrou tíquetes com valores acumulados, de janeiro a setembro de
2010, de US$ 188,2 milhões em exportação e US$ 274 milhões de dó-
lares em importação. O sino soou quando o saldo comercial foi con-
ferido: déficit de US$ 85,8 milhões. O sino badalou ainda mais forte
quando o comandante do voo relembrou que a balança comercial do
setor é deficitária desde 2007. Natural e inerente uma turbulência
aqui, outra lá.
A pleno, os motores do avião dão sinais de que a indústria encerrará
o ano com um crescimento de 4,2%; no ano passado, o setor pousou
com R$ 23 bilhões. Na classe “celulose e papel” o clima é de bom
tempo: sondagem setorial realizada pela Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel evidencia que 92,3% da empresas entrevistadas
ampliaram investimentos em 2010. A pesquisa englobou 26 empre-
sas associadas que representam um universo de 53 companhias; dos
investimentos realizados em 2010 e que apontam a tendência para
2020, 37,28% destinam-se à aquisição de ativos florestais; 23,87%,
à expansão da capacidade e ampliação da planta; 15,4% serão in-
vestidos em tecnologia; 5,13%, em automação industrial; 2,93%, em
pesquisa e desenvolvimento; e 15,32% vão para outras áreas.
Na classe “equipamentos para impressão plana” a atmosfera é favo-
rável também. Além de cumprirem suas metas em mercados tradicio-
nais, as máquinas para impressão plana esticam suas poltronas rumo
a outras demandas, como promocional e de embalagens. Já a classe
“tintas para impressão plana”, evidentemente a parte mais colorida do
avião, passou por turbulência ao cruzar o território das matérias-primas,
mas, felizmente, conseguiu retomar o cruzeiro. A novidade desse merca-
do fica por conta do desenvolvimento de tintas baseadas em matérias-
primas de fontes renováveis. Saibam, caros tripulantes, que logo, talvez
antes de pousarmos, os fabricantes conseguirão eliminar – definitiva-
mente – metais pesados, além da já evidente redução de VOC.
Na classe “Entrevista”, temos uma dupla de
tripulantes que, antes de mais nada, pensa na
automatização do voo. Por meio da integração,
a Kodak e a Metrics apresentam ao mercado
versões do Kodak Prinergy em sintonia com
as soluções da Metrics de gestão comercial.
A sinergia envolve desde a automação de ta-
refas como fixação de custos e orçamentos via
web até uma solução de workflow para o se-
tor de embalagens baseada no Kodak Prinergy
Powerpack. Há ainda a solução destinada à
impressão digital baseada no Kodak Prinergy
Digital.
Enfim, apertem os cintos – o piloto não su-
miu! –, vamos pousar. Com a certeza de que
ano que vem tem mais, caso o tripulante te-
nha suado, sabemos que foi por justo motivo
e certamente será recompensado agora ou no
futuro. Caso aumente a demanda, “máscaras”
cairão ao seu lado; assentos flutuantes lhe tra-
rão novos horizontes. Agora, se sino soar, deve
ser o velhinho barbudo trazendo boas (e novas)
impressões.
Saudações Graphprintenses.
Fábio Sabbag