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presas que pretendem vender a impressão on demand ou
uma unidade de livro. A Ipsis ainda não encontrou resultado
positivo, olhamos há alguns anos, mas não temos a definição
de investir nessa área.
Numa visão geral o futuro é a impressão jato de tinta, que
não deixa de ser uma impressão em parte digital, pois per-
mite dados variáveis, atende grandes volumes, entre outros.
Não consigo enxergar a impressão digital atendendo grandes
volumes.
GRAPHPRINT - A impressão digital não entra na Ipsis por
conta da qualidade de impressão?
Ullmann -
A pergunta pegou o ponto fundamental. Quando
avaliamos um produto impresso digitalmente, nossa críti-
ca é tão grande que não conseguimos gostar da impres-
são digital.
Por outro lado, a impressão não pode ser analisada detalha-
damente, pois não consegue atingir esse grau de exigência. A
expectativa não pode e não deve ser essa. Mas nós, da Ipsis,
somos tão críticos em relação à qualidade de impressão que
esse ponto acaba determinando, em parte, o não investimento
nessa área.
Não imprimimos materiais que devido aos recursos tecnológi-
cos não conseguem atingir um grau de qualidade que encha
os olhos. A impressão que não consegue encher os olhos vai
de encontro aos nossos objetivos, pois somos uma impresso-
ra da indústria gráfica e, como tal, temos de produzir material
que encha os olhos, que atenda toda e qualquer expectativa
de quem demandou o trabalho. Todo impresso da Ipsis tem de
saltar aos olhos.
“A impressão que não consegue encher os
olhos vai de encontro aos nossos objetivos,
pois somos uma impressora da indústria
gráfica e, como tal, temos de produzir
material que encha os olhos, que atenda
toda e qualquer expectativa de quem
demandou o trabalho. Todo impresso da
Ipsis tem de saltar aos olhos”
GRAPHPRINT - Os novos tempos citados no começo da
entrevista querem dizer exatamente o quê?
Ullmann -
Querem dizer que nunca mais vamos trabalhar com
certa folga. A indústria gráfica vai trabalhar sempre com con-
dições de resultado apertadas em função da competitividade
do mercado. As empresas que se diferenciam vão conseguir
resultado melhor dentro de certo limite. Não há mercado para
empresas que estão com custos e preços fora do limite. Prazo
de entrega e qualidade não se discutem. O atendimento tem
de ser excelente, ninguém admite um atendimento médio.
GRAPHPRINT - Qual o planejamento da Ipsis para 2001?
Quanto pretende crescer?
Ullmann -
Em 2010 crescemos 10% em relação a 2009. Em
2011, planejamos encerrar com crescimento de 25%. É um
número desafiador, mas embasado num forte investimento,
num projeto detalhado e elaborado.
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ENTREVISTA
GRAPHPRINT JAN/FEV 11