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GERENCIAMENTO DE CORES
GRAPHPRINT JAN/FEV 11
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Inicia-se a reportagem com uma certeza: o geren-
ciamento de cor, na indústria gráfica brasileira, tem
muitas barreiras para derrubar. O gerenciamento de
cor, de acordo com Marcelo Copetti, técnico espe-
cialista em gerenciamento de cores da Coralis, é a
ferramenta certa para que as empresas atinjam di-
ferencial de qualidade e produtividade perante seus
concorrentes. “Hoje, grandes investimentos em im-
pressoras são mais difíceis de serem absorvidos.
Com o gerenciamento, um investimento de 1% a 5%
do valor da máquina, a empresa poderá realmente
tirar o supremo do equipamento, fazendo com que
ele produza ao máximo. Quando as empresas en-
tenderem a oportunidade que estão desperdiçando,
irão ao encontro dessa ferramenta. A mudança do
mercado gráfica está em curso. Hoje, as gráficas
pequenas estão fechando e apenas médias e gran-
des estão no jogo. Num futuro próximo o mercado
afunilará ainda mais, e quem não tiver qualidade
que possa ser medida, mensurada e, principalmen-
te, certificada, ficará fora do jogo. O momento para
criar esse diferencial é agora. Depois, a empresa
aparecerá para o seu cliente apenas como se esti-
vesse correndo atrás do prejuízo”, avalia Copetti.
Para Evelin Wankey, especialista de produtos da Ep-
son, uma impressora de qualidade e um software
eficiente, quando combinados ao serviço de geren-
ciamento de cor, proporcionam inúmeras vantagens
às empresas do ramo gráfico. “Vale a pena realizar
uma pesquisa e coletar referências sobre soluções
e profissionais que prestam serviços de gerencia-
Gerencie e verás o resultado
Envolvidos no processo garantem que o
gerenciamento de cor, quando conduzido de
forma competente, por meio de produtos ou
serviços confiáveis, destaca a empresa no
atual cenário competitivo
Fábio Sabbag
mento de cor para alcançar o melhor resultado”, acrescenta Evelin. Já Marcelo
Escobar, diretor técnico da Starlaser, fala em consolidação do trabalho iniciado
há três anos no sentido de divulgar as normas da ISO e como aplicá-las com
eficiência. “Em 2011, veremos uma aplicação da norma pelo mercado bra-
sileiro como nunca antes. Com preços e custos apertados, a eficiência das
gráficas é cada vez mais testada no dia a dia e a melhor forma de garantir a
lucratividade é adotar a padronização dos processos por meio de uma norma
conhecida e utilizada mundialmente”, avalia Escobar.
Os modelos dependentes de dispositivo
Na opinião de Vlamir Marafiotti, especialista de produto da Agfa Gevaert do
Brasil, o mito “WYSIWYG”, do inglês “What You See Is What You Get”, que em
português significa o que se vê é o que se obtém, é, na verdade, uma uto-
pia, apesar de ser o objetivo de qualquer sistema de gerenciamento de cores
(ADOBE: CMS). “Enquanto esse tenta fazer um monitor simular as limitações
da impressão, monitor e impressoras são fundamentalmente diferentes. O ge-
renciamento de cor não poderá fazer o monitor e a impressora produzirem
cores idênticas, mas poderá produzir cores consistentes e muito próximas vi-
sualmente. A reprodução das cores dependentes do dispositivo significa que
os valores numéricos de RGB ou CMYK são específicos para produzirem cores
em um único dispositivo. Dois exemplos simples ilustram essa situação: os
mesmos números de RGB em diferentes monitores ou os mesmos números de