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Gerenciamento de cores
GRAPHPRINT JAN/FEV 11
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Copetti diz que os modelos dependentes de dispositivos usam RGB e CMYK, que são
dependentes, pois variam os resultados de acordo com cada dispositivo. “É simples
imaginar: use uma imagem em diferentes monitores e verá que os mesmos valores
em RGB serão representados pelos dispositivos com diferentes cores, tornando o
resultado dependente de cada monitor, câmera digital, escâner e outros. O mesmo
acontece com o CMYK, e da mesma forma, se imprimir um arquivo com os mesmos
valores de CMYK em diversas impressoras, os resultados serão diferentes, mesmo
que utilizemos para impressão as tecnologias laser, offset, flexografia, etc. Na in-
dústria gráfica estes dispositivos são nossas ferramentas de trabalho digitais. Não
temos como abandoná-las ou trocá-las por outras, são a base do nosso trabalho.
Mas o gerenciamento de cor nos dá ferramentas digitais para controlar o fluxo de
trabalho de maneira a controlar a cor em todos os dispositivos e deixá-la igual nos
mais diversos dispositivos. E este é um dos paradigmas que teremos de mudar na
indústria gráfica. Ao invés de mantermos valores em RGB e CMYK em nossos arqui-
vos, devemos nos preocupar em manter os valores reais da cor, em Lab”, detalha o
técnico especialista em gerenciamento de cor da Coralis.
Escobar explica que espaços de cores dependentes são aqueles que apresentam
resultado conforme as características de um dispositivo: “A escala Lab é a repre-
sentação de um espaço independente, sendo que um valor Lab representa a mes-
ma cor em qualquer processo de impressão.”
Evelin avalia que a cromaticidade é o termo utilizado para definir a qualidade de
uma cor em relação a seu matiz dominante. “Os modelos de cromaticidade são o
CMYK e o RGB, que revelam a capacidade de reprodução de gamas ou faixas de
cores. Ambos são dependentes de dispositivos: displays ou impressoras. O RGB é
utilizado em display e o CMYK é utilizado em impressoras”, fala a especialista de
produtos da Epson.
Philipp Fries, gerente de serviços da Heidelberg do Brasil:
“A linha Prinect, da Heidelberg, oferece o software de controle de cor e
qualidade Prinect Color Toolbox e ferramentas integradas às impressoras,
como o Prinect Easy Control, Prinect Axis Control, Prinect Image Control
e Prinect Inpress Control, que garantem um controle contínuo do
gerenciamento de cores”
Dispositivos diferentes,
cores alteradas?
É verdade que à medida que se transferem
documentos entre dispositivos diferentes as
cores podem sofrer alterações? A questão
foi repassada aos profissionais do mercado.
“Sim, as cores em CMYK ou RGB dependem
de cada dispositivo. Se um arquivo é prepa-
rado para um equipamento e é impresso em
outro os resultados mudam. Para se obter
um mesmo resultado, em diversos equipa-
mentos, todos devem ter espaços de cores
conhecidos e será necessário converter o
arquivo de um sistema para outro antes de
utilizá-lo na impressão”, fala Escobar.
“Sim, e a alteração é normal, pois deter-
minados dispositivos não conseguem repro-
duzir uma gama de cores igual a de outro.
Por exemplo, o que uma câmera digital
captura não pode ser reproduzido em uma
impressora offset com papel couché brilho,
e o mesmo vale para o jornal. Por isso o
gerenciamento de cor busca gerenciá-las,
ou seja, mantê-las o mais próximo possível
da cor desejada. Para integrarmos estes
processos o ICC de cada dispositivo será a
Vlamir Marafiotti, especialista de produto da Agfa Gevaert do Brasil:
“É impossível gerenciar cor e processos se não tiver equipamentos
para o controle, como espectrofotômetros, densitômetros de
papel e chapas, entre outros. Resumindo, se a gráfica não tiver
profissionais aptos a fazer todo o processo, sugiro uma consultoria
de gerenciamento de cores por empresas especializadas”