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GRAPHPRINT MAI 11
EDITORIAL
A Ostra Perpétua
Em todo relógio da marca Rolex está escrito Oyster Perpetual. Ostra, nesse caso, é o
nome da caixa blindada à prova d´água; todo Rolex que se preze não tem bateria mui-
to menos corda: a energia que move os ponteiros é gerada por meio do rotor perpétuo,
um peso em forma de meia-lua que gira livre em torno do próprio eixo. Os movimentos
do braço o fazem girar e a força é liberada para os ponteiros. A autonomia, fora do
pulso, é de 50 horas.
Um dos slogans da marca é: “Tratamos nosso aço como se fosse metal precioso”. Nós,
da revista GRAPHPRINT e da Agnelo Editora, não tratamos o precioso mercado gráfico
como se fosse, mas, sim, como um verdadeiro diamante que fora lapidado em um dos
lados; nossa obstinação é ajudar o mercado a entender como lapidar outros prismas
gerados pelas artes gráficas.
Livre de despeito, criamos, há 10 anos, a nossa Ostra Perpétua: o Prêmio GRAPHPRINT.
Após a bem montada e elogiada festa de entrega do 10º Prêmio GRAPHPRINT toda a
equipe da editora se sentiu honrada por reunir quase 500 profissionais na noite do dia
14 de abril, no Espaço Vila dos Ipês, em São Paulo. De uma forma séria, sem políticas,
os ganhadores do 10º Prêmio GRAPHPRINT levaram seus troféus para casa. Até ga-
nhamos elogios: “Para nós é uma grande honra receber o prêmio, pois a GRAPHPRINT
é uma revista que se destaca no meio”, disse Adhemur Araújo Pilar, vice-presidente da
Flint Ink, empresa vencedora da categoria Tintas para impressão rotativa.
Roberto Lazzarato, gerente nacional de venda e atendimento da SPP-Nemo, empresa
vencedora da categoria Distribuição - Revenda de Papéis, também decantou o evento:
“Valorizamos muito esse prêmio, pois conhecemos os critérios envolvidos e a credi-
bilidade que possui; a indicação parte dos clientes e isso nos deixa alegres. Das 10
edições, levamos oito troféus para casa.”
Carlos Jacomine, diretor geral da Plural, é outro profissional do segmento que faz
coro à Ostra Perpétua: “Quero registrar, em nome da Plural, nossa satisfação em ter
recebido, pelo segundo ano, um prêmio sério e distinto com é o GRAPHPRINT. Nós
acreditamos no profissionalismo de vocês e esperamos que continuem crescendo da
forma como foi demonstrado no evento.”
É por essas e outras que sabemos como é a responsabilidade de colocar um Rolex no
pulso, pois por meio do prêmio repassamos responsabilidades: a UV Pack, por exem-
plo, sempre conquistou o prêmio GRAPHPRINT. Valmir Morales, gerente comercial da
empresa avisa: “Sempre ganhamos o prêmio GRAPHPRINT e ano que vem esperamos
estar aqui de novo.” Caro Valmir, isso o mercado apontará, tenha certeza. Quer valer
um Rolex ano que vem?
Além da matéria da festa do 10º Prêmio GRAPHPRINT e os depoimentos dos ganhado-
res, o cardápio da edição traz matérias sobre certificação ambiental e distribuição de
papéis. Imperdível é a matéria que aguça o paladar dos participantes do I Fórum GRA-
PHPRINT de Tecnologia da Indústria Gráfica, que será realizado nos dias 8 e 9 de junho
em Recife (PE). O mercado gráfico nordestino já vem crescendo uniformemente nos
últimos anos, devido à expansão industrial e comercial do Nordeste. Na visão do pre-
sidente da Gráfica Flamar, Roberto Leite Ribeiro, fatos como custo logístico, por exem-
plo, vêm pressionando para que os produtos sejam fabricados na região ao invés de
migrarem do Sudeste. “Decorrente desta situação, as gráficas foram pressionadas a
se equiparem melhor e apurar sua qualidade, atraindo os fornecedores de equipamen-
tos, inclusive alguns se instalando na região. A força de vendas e a concorrência des-
tes fornecedores provocaram um derrame de novos equipamentos na região, criando
um desequilíbrio entre oferta e procura no mercado. Hoje,
o crescimento da capacidade produtiva gráfica é maior
que o crescimento do consumo gráfico, provocando uma
concorrência muito acirrada, prejudicando os resultados,
porém o crescimento da região é superior ao crescimento
do País, o que em pouco tempo deve equilibrar a situação
novamente”, analisa Ribeiro.
Já na avaliação de Edson Cunha Neto, diretor comercial
da Gráfica Santa Marta, nos últimos anos vem aconte-
cendo uma evolução do mercado gráfico, mas muito mais
por investimentos das gráficas do que pelo crescimento
da demanda. “Hoje eu vejo uma oferta muito grande de
gráficas, mas a demanda não cresceu na mesma pro-
porção. Existem também diferenças muito grandes de
preços entre gráficas e um dos motivos para essa situ-
ação pode estar ligado à questão do papel imune. Isso
confunde a cabeça do cliente, que não sabe o que está
acontecendo no mercado.” No entanto, Cunha Neto é
otimista com relação ao futuro e acredita que existe um
grande interesse de empresas do Sul e do Sudeste em se
instalarem no Nordeste, o que impulsiona investimentos
para os impressos.
Evidente que há pulso forte para os negócios em qual-
quer região do Brasil afora. No caso da Rolex, só para
fabricar o mostrador de seus relógios, são necessárias 60
operações manuais; a produção da empresa é de mais de
2 mil relógios por dia e o faturamento anual é na casa dos
bilhões de dólares. Faremos, pois bem, da nossa “Ostra
Perpétua” nosso “Rolex” de marca própria – independen-
temente da região geográfica pretendida.
Saudações Graphprintenses,
Fábio Sabbag