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CONJUNTURA
GRAPHPRINT SET 11
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Preço médio do livro recuou 4,42% entre 2009 e 2010, aponta pesqui-
sa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, encomendada pela
Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Sindicato Nacional dos Editores
de Livros (SNEL). O brasileiro, em 2010, comprou mais livros do que em
2009. Isso favoreceu um crescimento de 8,12% no faturamento do setor
editorial no ano passado, que fcou na casa dos R$ 4,5 bilhões, acompa-
nhado por um crescimento de 13,12% no número de exemplares ven-
didos. Esse ganho de escala permitiu a manutenção da tendência da
queda do preço médio do livro vendido, observada desde 2004, com um
recuo em 2010 de 4,42%. Essas são algumas das informações contidas
na pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, que aferiu os
dados do mercado referentes ao ano de 2010. A pesquisa é realizada anu-
almente pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe/USP) sob
encomenda do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e Câmara
Brasileira do Livro (CBL).
O resultado, anunciado dia 16 de agosto de 2011, na sede do SNEL, no
Rio de Janeiro, revelou que, se os números são dignos de comemoração
pelo setor, não chegam, porém, a causar euforia. Isso porque o cresci-
mento real, em faturamento, fca na ordem de 2,63% a mais, em relação
a 2009, quando se considera a variação de 5,35% do IPCA Livro em
2010. Além disso, se desconsiderarmos as compras feitas pelo governo
e entidades sociais, o crescimento apurado foi de 2,99%, fcando abaixo
da variação do IPCA.
A pesquisa detectou que o número de exemplares vendidos cresceu de
387.149.234, em 2009, para 437.945.286, em 2010. No ano passado, fo-
ram publicados 54.754 títulos, que representam um aumento de 24,97%
em relação a 2009, sendo 18.712 títulos novos. Ou seja, o editor tem
apostado no aumento da diversidade da oferta. 
Dentre os canais de comercialização de livros, o que mais cresceu,
proporcionalmente, foi a venda por porta a porta/catálogos: passou de
16,65% para 21,66% do mercado em número de exemplares. Porém,
em termos de faturamento, as livrarias continuam na liderança, com
62,70% do mercado.
“É gratifcante observar que o preço do livro no Brasil vem mantendo
uma tendência de queda. Isso estimula o crescimento do número de
leitores e desenha um futuro com mais educação, cultura e efetivo de-
senvolvimento”, avalia Karine Pansa, presidente da CBL.
Este ano, a pesquisa apresenta como novidade na sua metodologia, a rea-
lização de um Censo do Livro. Isso porque, em todo processo de inferência
estatística, é recomendado que, de tempos em tempos, seja atualizado o
Brasileiro comprou
mais livros em 2010
universo da própria pesquisa. O censo foi realizado entre no-
vembro de 2010 e abril de 2011 e afere o ano de 2009.
A pesquisa detectou que o mercado do setor editorial, em
2009, era maior do que o imaginado: corresponde a R$ 4,2 bi-
lhões e não R$ 3,3 bilhões como o aferido na última edição do
trabalho. O censo mostrou que das 498 editoras ativas, segun-
do o critério da Unesco, a maioria das editoras do País (231) é
formada por empresas com faturamento de até R$ 1 milhão.
FNDE conclui
negociação de R$ 1,1
bilhão para compra
recorde de livros
O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) encerrou no dia 17 de agosto a negociação
para a compra de 162,4 milhões de livros didáticos, a
serem utilizados por alunos da rede pública a partir do
ano que vem.
Cada exemplar para o ensino médio custará, em mé-
dia, R$ 7,80 e, para o ensino fundamental, R$ 5,45.
O investimento total do Programa Nacional do Livro
Didático para a aquisição das obras de 24 editoras
fcará em R$ 1,1 bilhão. A partir da assinatura de con-
trato com o FNDE, as editoras começarão a produzir
os livros que serão entregues nas escolas públicas de
todo o País antes do começo do próximo ano letivo.