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GERENCIAMENTO DE COR
GRAPHPRINT MAI 12
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O empirismo é a escola do pensamento filosófico relacionada à teoria
do conhecimento, que confia estar na experiência a origem de todas
as ideias. Ao longo de toda a história da filosofia, diversos pensadores
abordaram a questão, dando importância ao conhecimento da experiência
(da sensibilidade) ao invés de apenas ao intelectual.
O principal defensor do empirismo foi John Locke (1632-1704), filósofo inglês.
O empirismo defendido por ele ficou conhecido como empirismo britânico, e
influenciou diversos filósofos. Locke defendeu que a experiência forma as ideias
em nossa mente, no seu livro “Ensaio acerca do entendimento humano”, de 1690.
Ele escreveu que “só a experiência preenche o espírito com ideias”.
Filósofo ou não, o ato empírico – até por se tratar de artes gráficas – circula no cotidiano
das gráficas. Principalmente na questão da cor, ainda hoje é possível – mas está se tor-
nando cada vez mais raro – encontrar profissionais que entendem de tintas de forma em-
pírica, ou seja, com conhecimento baseado em tentativas e erros, criando as experiências.
Sinal dos tempos. Hoje, a cor, além de ser gerenciada, pode ser transformada em números que
resultam em valores, como menos insumos, impressão com repetição assegurada e, enfim, o
término do retrabalho. Não se trata, porém, de ignorar o conhecimento adquirido “na raça”, mas
uma ajuda tecnológica é importante, quando não vital, ao desenrolar dos negócios.
Dentro de uma gráfica, muitas vezes, a área que menos gasta tempo para produzir o trabalho é
a impressão. Antes de ganhar corpo, a demanda da impressão passa pelos conhecidos caminhos
Pare de tratar a cor
de forma empírica
A origem do conhecimento
sobre cor na indústria gráfica,
por longos anos, foi encarada
de forma empírica. Cores passadas.
Hoje é possível gerenciá-las,
transformando-as em números que
evitam o temido retrabalho, por exemplo
Fábio Sabbag