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ARTIGO
GRAPHPRINT JUN 12
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Por Marcelo Cardoso*
A tecnologia novamente está redefinindo as bases de competição. De uma hora para
outra, desenvolvedores de softwares e aplicativos tiveram que aprender a atender
novas demandas de clientes já antigos. Com o surgimento de produtos e serviços, os
negócios tradicionais da imprensa passaram a expandir suas fronteiras. Editoras e
outras empresas transferem dia após dia o conteúdo de seus sites, jornais e revistas
também para os tablets.
Num primeiro momento, o objetivo era simplesmente passar as informações para
essa nova plataforma. Depois, a fim de suprir cada vez mais a demanda de in-
teratividade dos usuários, surgiram novos recursos e formatos. Além de textos e
imagens, o conteúdo passou a abranger áudio e vídeo, o que significa várias opções
de oferta num mesmo dispositivo, movimento semelhante ao ocorrido com os celu-
lares, quando eram novidade.
O preço do tablet vem diminuindo há algum tempo e tende a cair ainda mais com o
aumento de escala e produção, inclusive em território nacional. Já é possível sentir um
movimento entre operadoras de telecomunicações, que trabalham intensamente para
aprimorar a infraestrutura de redes para melhorar qualidade e velocidade de conexão
dessas novas tecnologias, ainda mais agora, na véspera da Copa do Mundo de 2014.
São muitos os benefícios de buscar uma publicação versão mobile. Revistas com distri-
buição local podem disseminar conteúdo num alcance muito maior. O avanço na escala
de distribuição também pode ser convertido em redução do preço para o consumidor
final, o que é um estímulo para fidelizá-lo. Não há estoque de produto, o que reduz os
custos de forma geral.
Nesse novo formato, é possível uma avaliação de 360 graus do produto com base no
comportamento do leitor. Pode-se monitorar, por exemplo, quanto tempo se fica em
determinada página, quais interações foram feitas e o horário de maior frequência
de acesso. Dados são comparados página a página, o que possibilita atingir vários
tipos de clientes com necessidades bem diferentes. O leitor passou a ser mais co-
nhecido, segmentado e satisfeito. Já a oferta, foi conduzida a um novo patamar de
diferenciação no mercado.
Para quem se interessa em oferecer esse serviço, são muitas as possibilidades nesse
modelo de negócios. A receita pode ser atingida por download, período, grupo de assi-
nantes, anunciantes ou outras combinações. As margens podem ser mais interessantes
devido aos ganhos de escalas na distribuição, melhorando a relação custo fixo/variável.
Já os modelos de investimento têm melhor time-to-market, por causa da facilidade de
lançamento e monetização, o que também melhora o retorno.
Pode-se oferecer um “test-drive” gratuito de conteúdo por determinado período para
o consumidor, ou mesmo fornecer o conteúdo gratuitamente, casado a outras opções
de conteúdo pago. De forma geral, a gratuidade como um todo pode atrair uma gama
expressiva de clientes potenciais para novos negócios.
*Marcelo Cardoso é diretor da Gonow
Tecnologia - empresa responsável pelo
lançamento das versões mobile das seguintes
publicações:
,
,
,
e
.
Os novos desafios da tecnologia
nas publicações para tablets
“Surgem assim novas
oportunidades e, ao mesmo
tempo, novas ameaças para os
fornecedores de tecnologias.
Mais uma vez, estes precisam
defender suas posições de
mercado enquanto aproveitam
as chances de expandir sua
carteira de clientes, bem
como sua receita. Seja qual
for o caso, o conteúdo de boa
qualidade é imprescindível”