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GRAPHPRINT JUN 12
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ENTREVISTA
Recentemente nomeado como diretor presidente da manroland sheetfed no Brasil, Nuno Costa aponta, nesta entrevista,
os novos caminhos da empresa. E faz questão de deixar claro que, em momento algum, a credibilidade dos equipamen-
tos da marca foi afetada.
Costa revela ainda que, mesmo durante as várias acusações infundadas, a manroland continuava em pleno processo
de negociação com clientes, inclusive com fechamento consolidado. Esse é um fato que reflete bastante a confiança
que o gráfico brasileiro tem na marca. “O que aconteceu com a manroland foi uma crise de liquidez. Os produtos da
empresa não foram afetados, continuam com alto valor agregado e com alta tecnologia. Há muito espaço no segmento
para nossos produtos”, enfatiza o diretor presidente da manroland sheetfed.
GRAPHPRINT: O cliente manroland pode ficar tranquilo
quanto ao futuro da companhia e, consequentemente, con-
fiar em seus equipamentos?
Costa:
A Langley Holdings PLC foi fundada em 1975 pelo atu-
al presidente e CEO, Tony Langley. Trata-se de um grupo de
engenharia multidisciplinar que atua globalmente e é espe-
cialista em tecnologias de equipamento de capital. O grupo
compreende quatro divisões: Piller, com matriz próxima a
Hannover, Alemanha. É o maior produtor de sistemas de pro-
teção de energia de alta qualidade para centros de dados e
produtor de sistemas elétricos militares e equipamentos de
energia terrena para aeronaves. A Claudius Peters, com ma-
triz em Hamburgo, Alemanha, trata-se principalmente de um
construtor de máquinas para as indústrias de cimento e aço,
com uma divisão de peças para aeronaves. A ARO, com matriz
próximo a Tours, França, é o maior produtor de equipamentos
de resistência de solda para a indústria automotiva. O gru-
po detém ainda outras empresas menores de engenharia, a
maioria no Reino Unido.
Em novembro de 2011 assumi a presidência da empresa. No
dia 25 de novembro, tivemos a sexta-feira negra. Nesta data
fora comunicado que a manroland entrou em insolvência, que
aqui no Brasil é conhecida como concordata. Na Alemanha, a
insolvência tem um período muito curto, ou seja, em 60 dias
“O que aconteceu com a manroland foi uma
crise de liquidez. Os produtos da empresa
não foram afetados, continuam com alto
valor agregado e com alta tecnologia. Há
muito espaço no segmento para nossos
produtos.”
“O grupo inglês é muito forte, comprou a
manroland com seus próprios recursos.
Os investidores identificaram que a
manroland é uma empresa bem montada
e diversificada. Todas as filiais foram
compradas pela Langley, com exceção
das unidades da Índia e da Austrália,
que são primordialmente mercados de
máquinas rotativas. A Possehl comprou,
pois são mercados interessantes para a
companhia alemã, com grande demanda
de impressoras rotativas. “