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SUSTENTABILIDADE
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A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Susten-
tável, a Rio+20, foi encerrada no dia 22 de junho, às 15 horas, com
a divulgação do documento final, de 49 páginas, denominado “O
Futuro que Queremos”.
O saldo da conferência foi considerado positivo pelo chefe da de-
legação do Brasil na Rio+20, embaixador André Corrêa do Lago. “O
principal é fazer com que o desenvolvimento sustentável se trans-
forme em paradigma em todos seus aspectos social, ambiental e
econômico”, disse.
Organizações não governamentais (ONGs) promoveram vários
protestos durante a conferência e prometem apresentar um ba-
lanço das discussões e recomendações, reivindicando, entre
outros pontos, a ampliação de poderes do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).
O documento oficial da conferência – “O Futuro que Queremos”
– está dividido em seis capítulos e 283 itens. Os capítulos mais
relevantes são os que tratam de financiamentos e meios de im-
plementação, relacionados às metas e compromissos que devem
ser cumpridos.
No encerramento da Rio+20, a secretária de Estado americana,
Hillary Clinton, anunciou o lançamento de novo mecanismo de fi-
Sem desapontamento
Embalada pela Rio+20, a sustentabilidade já faz parte
do cotidiano do setor de celulose e papel há vários
anos. Os fabricantes, além de conduzirem pesquisas
conclusivas, consolidam produtos sustentáveis,
mas sentem falta de um contato mais direto com a
sociedade. Escassez de políticas públicas e uma agenda
positiva para o setor são outros temas que precisam
ser mais bem discutidos
Fábio Sabbag
nanciamento para a energia limpa e defendeu medidas que levam
ao desenvolvimento sustentável com inclusão social. A proposta
apresenta diferentes tipos de apoio para atrair investimentos do
setor privado a projetos de energia limpa, principalmente na África.
A sustentabilidade na indústria papeleira
Ao começar a escrever a matéria sobre sustentabilidade na indús-
tria papeleira chega à redação da Agnelo Editora a notícia de que o
Protocolo Agroambiental do Setor Florestal Paulista fora assinado
no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
Voltado para o mercado de florestas plantadas e suas indústrias,
o documento aborda a adoção de práticas de manejo sustentável,
conservação do solo, armazenamento e descarte de embalagens
de defensivos agrícolas, entre outros temas.
O documento foi assinado pelas Secretarias de Agricultura e Abas-
tecimento e de Meio Ambiente, pela Associação Brasileira de Ce-
lulose e Papel (Bracelpa) e pela Associação Paulista de Produtores
de Florestas Plantadas (Florestar São Paulo). É a primeira etapa
do processo de regulamentação das florestas plantadas no Esta-
do. Na sequência serão elaborados o zoneamento da cultura e o
regramento. Empresas que aderirem ao acordo terão cinco anos