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GRAPHPRINT JUN 13
Papel cartão
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sileiro de Economia (Ibre) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) há 16
anos para a Associação Brasileira de Embalagem (Abre) mostrou
que, apesar da retração na produção, os fabricantes nacionais de
embalagens registraram receitas líquidas de vendas de R$ 46,1
bilhões em 2012, superando os R$ 44,7 bilhões gerados em 2011.
O valor bruto da produção física de embalagens atingiu R$ 46,9
bilhões, numa alta de um pouco mais de 3% sobre os R$ 45,6
bilhões gerados em 2011. Os plásticos representam a maior
participação no valor da produção, correspondente a 37,08% do
total, seguidos pelo setor de celulósicos, com 34,47% (soma-
dos os setores de papelão ondulado, com 18,75%, cartolina e
papel cartão, com 9,50%, e papel, com 6,22%), metálicos, com
16,79%, e vidro, com 4,65%.
Para 2013, as perspectivas para o setor são positivas, pois a
produção de embalagens deverá crescer até 2% neste ano e
obter receitas líquidas de venda de R$ 48 bilhões, frente aos
R$ 46,1 bilhões de 2012.
Em 2012, as exportações diretas do setor de embalagem tiveram
um faturamento de US$ 498,3 milhões. Este valor representa um
crescimento de 5,85% em relação a 2011, com forte desempenho
da indústria de plásticos, correspondente a 39,59% do total ex-
portado, seguido das embalagens metálicas (31,13%). Já as em-
balagens de papel, cartão e papelão ficaram em terceiro lugar e
correspondem a 21,75% do total exportado, em seguida estão as
embalagens de vidro (3,77%) e madeira (3,75%).
Em relação ao crescimento de exportações por segmento, o setor
de embalagens metálicas lidera com acréscimo de 17,11% no ano,
seguido por embalagens de papel/cartão/papelão (7,28%) e de
plástico (5,46%). Os setores de embalagens de vidro e de madeira
tiveram um decréscimo de -34,68% e -7,10%, respectivamente.
O papel cartão
Resistente, versátil e de fácil transporte, o papel cartão recebe
impressão e acabamento dos mais variados. Por ser 100% reci-
clável, o insumo pode ser totalmente produzido a partir de fibras
recicladas também, fato que repercute diretamente os anseios da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Dados indicam que
o Brasil recupera e recicla 100% das aparas pré-consumo de pa-
pel cartão, um esforço que envolve os produtores e o setor gráfico.
De forma técnica e didática, o site da Bracelpa explica que o papel
cartão é um produto resultante da união de várias camadas de
papel e sobrepostas, iguais ou distintas, que se adere por com-
pressão. Nessas camadas podem ser utilizados celulose virgem
(recursos renováveis) e materiais celulósicos recicláveis. Inde-
pendente do tipo, o papel cartão é fabricado na faixa de gramatura
de 200 a 500 g/m², com ou sem revestimento superficial.
Entre os tipos mais comuns de papel cartão destacam-se: Duplex
- possui a superfície branca e apresenta miolo e verso escuros.
É utilizado geralmente em embalagens de sabão em pó, medica-
mentos, cereais, gelatinas, mistura para bolos, caldos, biscoitos
e brinquedos; Triplex - a superfície e verso são brancos, e miolo,
escuro. É normalmente utilizado em embalagens de chocolates,
cosméticos, medicamentos, fast food, caixas de bombons e bebi-
das; Sólido (Folding) - apresenta todas as suas camadas brancas;
usado em embalagens de cigarros, cosméticos, medicamentos,
higiene pessoal, fast food, capas de livros e cartões postais.