Page 36 - 134

Basic HTML Version

ARTIGO
GRAPHPRINT JUL 13
36
não admite esperar um dia por
uma resposta de e-mail. Daí,
concluímos que, sim, possuí-
mos ferramentas online para
nos comunicar, mas sempre
seremos pessoas lidando com
pessoas e a melhor maneira de
cativá-las é tratando-as como
únicas.
Pequenas redes sociais, como
a nextdoor.com, estão sinali-
zando uma tendência capaz de
transformar o cenário digital
de forma ainda mais podero-
sa. A ideia é «arrebanhar no
online para realizar no offline»,
ou seja, extrair das bandeiras
levantadas nas redes atitudes
e ações na vida real, a fim de
promover melhorias na socie-
dade. Talvez seja essa a maior
aposta quanto ao destino das
mídias sociais: torná-las uma
aliada não só para divulgar,
mas, principalmente, para
construir de fato uma relação
equilibrada entre deveres, res-
ponsabilidades e direitos. Afi-
nal, não é esse um desejo para
um mundo melhor?
O que esperar das mídias
sociais em 2013
“Teorias sobre marketing e comunicação não são mais verdades absolutas.
Engessadas, essas teorias levam muito tempo para serem implementadas
e, quando são, muitas vezes já estão obsoletas. Vivemos a era da prática e
das relações dinâmicas. Sai muito na frente quem, hoje, é mais rápido na
condução de estratégias e consegue mudar a direção sem entraves, e, neste
quesito, às micro e pequenas empresas têm uma boa vantagem sobre as
grandes por terem mais agilidade nos eventuais ajustes de rota.”
O ano de 2012 já terminou e o que não faltam
são previsões sobre como as mídias sociais,
especialmente o Facebook e o Twitter, impac-
tarão a vida dos consumidores e empresas em
2013. Fenômeno na internet e nos smartpho-
nes há poucos anos, as redes sociais ainda
provocam enorme curiosidade sobre seu fun-
cionamento, alcance e futuro, sem mencionar
o tabu que ainda é para alguns, principalmen-
te para micro e pequenos empresários.
Dada a velocidade com que as mudanças
ocorrem no meio digital e a inquieta demanda
por novidades, é quase impossível prever que
destino terá o Facebook ou qualquer outra mí-
dia social. Aqui, creio que o mais importante não
seja saber exatamente o futuro desta ou daque-
la plataforma, mas sim entender que vivemos
tempos de sociedade em rede. Nada mais está
desconectado, distante ou indiferente.
Teorias sobre marketing e comunicação não
são mais verdades absolutas. Engessadas,
essas teorias levam muito tempo para serem
implementadas e, quando são, muitas vezes
já estão obsoletas. Vivemos a era da prática
e das relações dinâmicas. Sai muito na fren-
te quem, hoje, é mais rápido na condução de
estratégias e consegue mudar a direção sem
Por Acácia Lima*
entraves, e, neste quesito, às micro e peque-
nas empresas têm uma boa vantagem sobre
as grandes por terem mais agilidade nos
eventuais ajustes de rota.
Temos uma geração de distraídos ávida por
informações e novidades, conectada prati-
camente 24 horas por dia. Este cenário cer-
tamente não mudará nos próximos anos e aí
está o grande desafio do empresário: como
atrair e manter esse consumidor interessado
em seu produto e tê-lo como aliado e disse-
minador da sua marca? Há alguns anos costu-
mava-se dizer que um cliente, falando bem ou
mal de uma empresa, influenciava 10 pesso-
as. Hoje, com o boca a boca virtual, esse nú-
mero chega à casa das 200 pessoas. Portanto,
é inadmissível não considerar a importância e,
até mesmo, a obrigatoriedade da atuação nas
plataformas digitais.
Ainda pouco se sabe a respeito da melhor
forma, e a mais efetiva, de atuar nas mídias
sociais. Entretanto, uma das lições aprendi-
das neste ano de 2012 é que as mídias so-
ciais não devem ser usadas apenas para fazer
branding. O consumidor deseja especialmen-
te relacionar-se com as marcas de sua prefe-
rência, procura atendimento rápido e eficaz e
*Acácia Lima é jornalista e
diretora da YellowA, agência
especializada em mídias sociais.