Revista Graphprint - Edição 167 - page 48

ARTIGO
GRAPHPRINT JULHO16
48
Antes de tudo, é preciso compreender que a percepção da cor é algo totalmente
biológico. Em outras palavras, imagine que seu cérebro e olhos trabalham juntos, os
olhos capturando as informações e o cérebro as processando. Porém há vários ca-
sos, já demonstrados cientificamente em que o cérebro se engana na interpretação
da cor real.
Não, não é seu cérebro que está comproblemas! Aquestão é outra.
O que acontece é que a cor, em si, nãomuda. Mas nossa percepção sobre ela, sim.
E isso acontece em virtude de várias influências, como, por exemplo, a luz / lumino-
sidade.
As cores podem ser idênticas, mas nosso cérebro, habituado a um padrão de luz,
“corrige”a cor na parte de baixo, “lendo-a”como sombreada, devido à forma como
os azulejos estão posicionados. Tal fenômeno ocorre independentemente de nossa
vontade; imagine que o seu cérebro é um tipo de captador involuntário de informa-
ções e precisa processá-las em ummilésimo de segundos. Ele realiza essa mara-
vilhosa tarefa usando como base experiências visuais anteriores / recentes, o que
influencia na percepção da cor.
Mas olhandopeloaspectodo fabricantedeprodutos emque cores sãoefetivamente
um fator diferencial, isso é umproblema e tanto.
A seguir, vamos ver quais sãooselementosque impactam sobreapercepçãodacor.
LUZ
Se você observar um carro vermelho na rua, provavelmente dirá: “Ok, ele é verme-
lho.”Mas o tom desse vermelho muda ao longo do dia. Espere; não é o carro que
mudadecor!Aliás,elenem temumacor! Eleé revestidodepigmentosquepossuem
Quandooassunto é cor, vocêpode
confiar apenas em seus olhos?
UMDOSTÓPICOSQUEMAISNOSCHAMAMAATENÇÃO (E,
TAMBÉM, CHAMAMAATENÇÃODASPESSOASEMGERAL) É
COMOCADAUMENXERGACORE, OBVIAMENTE, FALANDO
DESEGMENTOSEMQUEACORÉ ITEMESSENCIAL, COMO
ESSAPECULIARIDADEPODE IMPACTAROTRABALHO.
*PorRenéGuiraldo
propriedadedeabsorçãode luze refletemdife-
rentes comprimentos de ondas luminosas. É a
mistura da luz refletida, e que chega a nossos
olhos, que nos diz que o carro vermelho é“ver-
melho”.
Por mais estranho que pareça, o carro em si
não tem uma cor. Ele é revestido com corantes
quepossuempropriedadesdeabsorçãoe refle-
tem diferentes comprimentos de onda que, por
sua vez, fazem com que enxerguemos “cor”.
Masuma vez queesses comprimentosdeonda
mudamdeacordocoma fontede luz,acor car-
ro parece alterar também.
Nesse sentido, fabricantes tentam, nomomento
da produção, assegurar confiabilidade e padro-
nização nas cores por meio de cabines de luz,
que permitem simular como determinada cor
aparecerá aos olhos do observador sob diferen-
tes condições de iluminação. Por exemplo, se
*DiretordaX-RiteBrasil
1...,38,39,40,41,42,43,44,45,46,47 49,50,51,52
Powered by FlippingBook