Revista Graphprint - Edição 179

3 GRAPHPRINT SETEMBRO 17 EDITORIAL Atitudes embarrigadas Globalizado e cada vez mais alternativo, o mundo provoca transformações in- cessantes no tocante à gestão empresarial. Agilidade, competitividade, produti- vidade, competência e inovação são palavras de ordem! Simples, mas não tão práticas assim. Vale o exercício de aprendizado. Normal, até então. A nova vida comercial do gráfico exige ligação umbilical com a experiência de consumo. Como? Também não sei, mas podemos estudar em conjunto alguns indicadores de caminhos. Como exemplo, pego a pesquisa da Harvard Busi- ness Review (Welcome to the Experience Economy) de 1998, que mostrava que 82,5% das empresas concordavam que propiciar a experiência diferenciada ao consumidor era um diferencial competitivo. Ok, 20 anos depois eis que a necessidade continua em vigor. Mas, claro, o consumidor mudou e, consequen- temente, as marcas precisam identificar os novos anseios convergindo-os à ação de marketing. Rápida e certeira, senão seu concorrente chega na frente. É a pujante perpetuação da espécie que não se reproduz em estados vegeta- tivos sem controle absoluto. Que tal, então, pensar em desenvolver políticas individuais ou coletivas de gestões? Já imaginou implantar a valorização da competência fundamentada em práticas de remuneração mais participativas? O sistema de remuneração variável vinculado a resultados tem como principais objetivos estimular a busca permanente dos resultados empresariais positivos e retribuir de maneira mais justa possível. Chegou a hora de mudar, derrube paradigmas incertos. A própria venda em si ultrapassou a barreira da oportunidade, ela é possível a todo instante e em todos os canais de comunicação ou marketing. Aqui a regra se torna simples: saiba com quem está lidando. Use o princípio básico do marketing “human to human” a seu favor. Vale outra pergunta: a sua empresa, hoje, compreende a necessidade do consumidor como um todo? Usando o tal do marketing “human to human”, os empresários Ricardo Aggio e Ana Paula Aggio aumentaram o lucro da rede de franquias Ótica Santo Grau em apenas seis meses: o faturamento foi de R$ 20 mil para R$ 100 mil. “Por sermos uma ótica temos muitos concorrentes do mesmo segmento, por isso é preciso trabalhar de uma outra forma para conquistar os consumidores. Hoje em dia o produto não é mais suficiente, o que faz nossos clientes voltarem é a exclusividade no atendimento. Somos muito preocupados com este aspec- to, por isso prezamos pelo bom relacionamento”, comenta Ana Paula. Ricardo explica que as lojas podem perder 80% da clien- tela caso as expectativas do cliente não sejam atendidas, por isso é necessário muita atenção, pois cada pessoa tem um perfil diferente, o que significa que o atendimento nunca é o mesmo. Qualquer semelhança com o ambiente não e pura coincidência. Os depoimentos acima mos- tram uma clara preocupação com o grande nú- mero de concorrentes e com o atendimento mais do que customizado. Isso é uma realidade dentro do nosso meio também. Mesmo assim tem grá- fica, não cito nome nem por decreto, que nem telefone atende e não responde orçamento via e-mail. Embarrigar decisões é acumular gordu- ra visceral que pode levar à bancarrota. Barriga grande não passa na alfândega da modernidade. Saudações GRAPHPRINTENSES! Fábio Sabbag

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