Revista Graphprint - Edição 181

GRAPHPRINT NOVEMBRO 17 Insumos 47 A associação observa, porém, que o elevadíssimo custo da maté- ria-prima e de energia, aliado à infraestrutura logística deficiente, está destruindo a indústria química brasileira, que opera este ano com utilização de 78% da capacidade instalada. O presidente- -executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, alerta que este crescimento nos índices de produção e de vendas internas não é garantia de recuperação do setor. “Esses índices têm apresenta- do crescimento porque estamos em um cenário de recuperação econômica. Isso não quer dizer que esse crescimento é baseado na retomada da competitividade da indústria química brasileira, mas sim apenas base de comparação com índices que até alguns meses atrás estavam bem piores. Na verdade, a indústria química está hoje no mesmo patamar de 2007; dez anos perdidos. Esse cenário tende a piorar ainda mais com o crescimento da economia. Isso sem falar no preço da nafta e do gás natural, que derruba a competitividade da indústria química perante mercados estrangeiros. Daí a impor- tância de uma política industrial para a recuperação não somente do setor químico, mas da indústria brasileira como um todo.” Figueiredo ainda acrescenta: “Enquanto alguns falam que não há necessidade de política industrial, a França, por exemplo, desen- volveu o projeto ‘Nova França Industrial’ e investiu 2 bilhões de euros para desenvolver sua indústria.” Segundo o Relatório de Acompanhamento Conjuntural (RAC) da Abiquim, a demanda in- terna, medida pelo CAN (consumo aparente nacional), registrou alta de 1,2% em agosto de 2017 sobre julho, após ter crescido 9,0% no mês anterior, acumulando elevação de 10% nos dois úl- timos meses. Nos últimos 12 meses, até agosto de 2017, sobre igual perío- do imediatamente anterior, o índice de produção foi positivo em 2,46%, enquanto o de vendas internas teve alta de 1,52%. A ocu- pação das plantas foi de 79% na média dos últimos 12 meses, porcentual que vem se mantendo estável nos últimos meses. Rober Silva de Almeida, supervisor Técnico e Comercial da Printcor: “Destacamos os vernizes de acabamento desenvolvidos especificamente para aplicação sobre os impressos produzidos no sistema digital. Lançamos a linha de vernizes especiais, como textura, glitter, aromático e outros, para ser aplicada em sistema de serigrafia sobre os impressos produzidos em sistema digital.” Ronaldo Neris (foto), Business Manager Segment Labels for South America, e Edgar Luiz Fernandes, Gerente de Mercado, ambos profissionais da Actega: “Temos buscado sempre por inovações para expandir nosso portfólio de vernizes voltados para aplicação sobre materiais produzidos em digital. Lançamos recentemente dois vernizes UV de alta resistência ao atrito e aderência. Atualmente disponibilizamos aos nossos clientes primer base de água usado para preparar a superfície de substratos que posteriormente receberão impressão digital. Estes produtos são fabricados pela Actega North América, porém já temos estoque local.”

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