Revista Graphprint - Edição 182

Entrevista GRAPHPRINT DEZEMBRO 17 9 na nuvem para empresas globais, baseada na Noruega e que hoje está no mundo inteiro. Ela consegue trabalhar com várias marcas internacionais oferecendo facilidades. A ideia dessa empresa é gerenciar a tecnologia de impressão como con- trole de cores, fontes e sangria. A arte gráfica é impressa no mundo todo com o mesmo tipo de papel e de impressoras profissionais. Trata-se de uma única plataforma, integrada a mais de 200 parceiros, para distribuir materiais de marketing e vendas em mais de 50 países. É este tipo de empresa que vem surgindo em países que não têm medo de encarar a tec- nologia. Este exemplo veio da Noruega, mas na Inglaterra já tem muita gente lançando. Na Alemanha com certeza e dentro dos EUA e no Japão começamos a acompanhar alguns mo- vimentos. A própria China, que só pensava em alto volume, começa também a oferecer serviços de customização. Isso não significa que não podemos ter gráficas em países em desenvolvimento propondo este tipo de serviço. A própria Arizona é um exemplo, se é que podemos classificá-la como gráfica, pois hoje é algo muito mais do que isso. As empresas precisam parar de pensar no próximo cartão de visita que vão imprimir. É um mercado cada vez mais difícil, pois a competição não se dá mais com empresas que estão localizadas no quarteirão dele ou no bairro. Podem participar empresas de qualquer lugar do Brasil ou do mundo. Damos assessoria para uma empresa internacional ame- ricana que possui contas de grandes marcas e gerencia o processo de escolha de gráficas no mundo inteiro. Assim, o produto impresso é entregue no local onde a grande marca exige. Isso para grandes empresas é uma garantia de que o serviço vai ser feito e corresponde com as suas exigências. Há alguém que garante tudo isso. O funcionário da grande empresa evita problema ao concentrar sua demanda neste fornecedor. O fornecedor entrega a tecnologia que garante a qualidade e tudo mais. O cliente acompanha, por meio de um painel simples, como está evoluindo a sua demanda. Há vá- rios novos caminhos que estão sendo abertos e que crescerão daqui para frente. Um outro aspecto que ressalto é o ganho de força das rotati- vas inkjet na área de livros. Ainda é um percentual pequeno, mas isso é algo bastante significativo ao que a gente já vê com mais força nos EUA e na Europa. São grandes rotativas inkjet começando a trabalhar no mercado de livros didáticos e que podem oferecer quantidades bem variadas de impressão. Nasce assim uma opção aos editores que não precisam fazer estoque e podem imprimir quantidades maiores do que eles costumavam fazer em máquinas digitais pequenas. Começam agora a competir com offset e tiragens maiores, oferecendo mais flexibilidade para as editoras. Isto também está cres- cendo aqui no Brasil, temos um bom conjunto de máquinas instaladas que estão trabalhando nessa área de livros e ou- tras que estão sendo compradas para trabalharem na área de didáticos. Isso é modificação importante porque também vai afetar empresas que trabalham na área editorial. Com certeza é uma quebra de barreiras nas editoras já que o digi- tal ainda não tinha emplacado muito fortemente nessa área. Os investimentos também estão crescendo no workflow, seja na parte operacional ou para criar oportunidades de vendas e novas interações com os clientes. É o que enxergamos mundialmente. Os sistemas podem comandar todo fluxo de produção; essa vai ser a tendência, mesmo. A empresa precisa ter uma plataforma de conexão com o cliente para facilitar a vida dele. Seja na elaboração dos projetos dele, seja na recepção de arquivos ou na própria entrega de ma- teriais que ele tem. Estas pontes serão fundamentais para a preservação do negócio. É preciso se transformar, chamar a renovação para dentro. Parte disso chamamos de servitiza- ção. Agregar serviço ao material impresso é fundamental. Fale sobre o planejamento para 2018 dentro da AN Con- sulting. Como está se preparando para o ano que vem? Bom você ter tocada neste assunto. Lançamos o novo site da AN Consulting com foco exatamente na questão da trans- formação, servitização e plataforma aberta. Temos a Isidora, que já é uma plataforma de conexão dos clientes com a in- ternet que cada vez apresenta alternativas de vendas para as gráficas, seja em lojas abertas ou fechadas. Vamos trabalhar forte na consultoria visando este processo de transformação. Já trabalhamos com empresas que dese- jam conexão para melhorarem cada vez mais a sua própria oferta de serviços, além de criarem novos negócios que, na prática, possam aumentar o valor agregado ao cliente. “As empresas precisam parar de pensar no próximo cartão de visita que vão imprimir. É um mercado cada vez mais difícil, pois a competição não se dá mais com empresas que estão localizadas no quarteirão dele ou no bairro. Podem participar empresas de qualquer lugar do Brasil ou do mundo.”

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