Revista Graphprint - Edição 183

GRAPHPRINT Jan/Fev 2018 13 Balanço O ano de 2017 registrou como fato positivo certa estabilização do número de livrarias em funcionamento, a readequação de espaços ocorrida nas redes e uma tênue recuperação das vendas no quarto trimestre. O fato negativo está na contínua concentração de capi- tais no setor, que acaba prejudicando a bibliodiversidade. “O setor livreiro apresentou oscilações e mostrou-se muito depen- dente de vendas de livros escolares, lançamento de best-sellers e datas comemorativas. As diversas opções de market places surgi- das em 2017 contribuíram para potencializar as vendas online, fenômeno crescente, e incorporaram a novidade da venda de li- vros seminovos. Pequenas e médias livrarias têm nos market places uma oportunidade para multiplicar suas vendas”, ressalta Bernardo O negócio do livro em 2017 acompanhou a evolução da economia do país BERNARDO GURBANOV, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE LIVRARIAS (ANL) “Das megastores às lojas especializadas, das universitárias ao comércio online, as livrarias buscaram em 2017 os melhores caminhos para se comunicar com o leitor, atender às exigências do consumidor contemporâneo e dar sustentabilidade ao seu negócio” DE JANEIRO A JULHO, O VAREJO DE LIVROS FATUROU R$ 1,36 BILHÃO, CRESCIMENTO NOMINAL DE 1,8% ANTE O R$ 1,34 BILHÃO APURADO EM IGUAL PERÍODO DE 2016 Gurbanov, presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). A GfK Retail and Technology Brasil apresentou o painel “Dados do varejo do livro no Brasil”, na 27ª Convenção Nacional de Livrarias, realizado em agosto último na capital carioca. Entre os principais dados, o painel destacou que o mercado mostra sinais de melhora, no comparativo de 2017 com relação a 2016, apresentando um crescimento de 1,8% em faturamento. Esse crescimento não é igual em todas as categorias. Didático, literatura brasileira, hq, religiosos, autoajuda e biografia se destacam em 2017. “O consumidor não está comprando só aquilo que ele precisa para a sua educação ou para o trabalho, mas está voltando a comprar aquela leitura casual”, aponta o executivo. De janeiro a julho, o varejo de livros faturou R$ 1,36 bilhão, cres- cimento nominal de 1,8% ante o R$ 1,34 bilhão apurado em igual período de 2016. Em volume, no entanto, há uma queda de 1%. O painel mostra que aquele mal-estar da crise já está passando, mas ainda não passou. Os números ainda mostram uma retração em volume, mas em faturamento o mercado já começa a se recuperar. A Associação Nacional de Livrarias começa o ano de 2018 desen- volvendo um plano de comunicação e marketing para buscar novos apoiadores para o desenvolvimento de suas ações. “Visamos, prin- cipalmente, com a ajuda de profissionais do mercado publicitário, trazer novos investidores para o setor, fora da cadeia do livro, no qual a ANL já conta com o apoio das principais empresas do setor”, reforça Gurbanov.

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