Revista Graphprint - Edição 183

GRAPHPRINT Jan/Fev 2018 19 A indústria química brasileira deverá en- cerrar 2017 com um faturamento líquido de US$ 119,6 bilhões, segundo estimati- va da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e associações espe- cíficas dos segmentos ligados ao setor. O faturamento estimado para o ano é 9,5% superior ao registrado em 2016, quando a indústria química faturou US$ 109,2 bi- lhões. Apesar do crescimento em relação ao ano anterior, o setor ainda está muito abaixo do resultado alcançado em 2014, quando encerrou o ano com um fatura- mento de US$ 146,9 bilhões. O déficit da balança comercial de produ- tos químicos deverá fechar o ano em US$ 23,2 bilhões, pois o Brasil terá importado US$ 36,8 bilhões em produtos químicos e exportado US$ 13,6 bilhões. Entre os segmentos, o destaque é o de produtos quí- micos de uso industrial, representado pela Abiquim, que deverá encerrar 2017 com um faturamento de US$ 58,1 bilhões. O volume da produção de produtos químicos de uso industrial, medido em toneladas, de- ve crescer 0,9% em relação ao ano anterior, impulsionado pela retomada da economia. A indústria química brasileira se manteve na 8ª posição no ranking mundial, que considerou o faturamento de 2016, quan- do a indústria faturou US$ 109 bilhões. Estão à frente do Brasil no ranking: China, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Índia e França. O setor químico brasileiro, representando 10,8% de toda a indústria de transformação, se manteve na terceira posição no PIB industrial nacional. A Abiquim também acompanha a previ- são de investimento no setor e a projeção é de que sejam investidos US$ 3,3 bilhões no setor de 2018 a 2022. De acordo com o presidente-executivo da Abiquim, Fernan- do Figueiredo, o volume de investimentos para os próximos anos é baixo e contem- pla basicamente a manutenção das plan- tas já existentes. “Enquanto o Brasil não tiver uma política industrial que ofereça isonomia competitiva à indústria química não serão feitos grandes investimentos no Brasil. O preço do gás natural no país é de 2,5 a 3 vezes mais caro do preço prati- cado nos Estados Unidos; também temos a energia elétrica mais cara do mundo”, avalia Figueiredo. TINTAS PARA OFFSET: TENDÊNCIAS DE MERCADO Andre Nato Machado, international sales da Toyo Ink, diz que a empresa enxerga o mercado de impressão offset como um setor com tendência de diminuição, ainda que pequena, principalmente no segmento promocional. “Isso obriga que as empresas gráficas se adaptem rapidamente às mu- danças comerciais, técnicas e mercadoló- gicas, além de uma gestão cada vez mais enxuta e controlada. Acreditamos que há muito espaço para crescimento de empresas que saibam explorar o potencial comercial da internet, personalização de atendimen- to, introdução produtos de valor agregado tanto em clientes novos como em clientes frequentes”, observa Machado. Ainda assim, na visão do executivo da Toyo Ink, 2018 será um ano interessante, pois além de um ano eleitoral e eventos espor- tivos internacionais, será um ano de Expo- Print América Latina. “É um grande even- to, com excelentes oportunidades comer- ciais tanto para o mercado doméstico como para o mercado latino-americano”, avisa. Já Eric Santos, sales manager / Sheetfed, da hubergroup Brasil, aposta em crescimento: “Sim, o mercado de offset tem tendência de crescimento, principalmente, no seg- mento de embalagens. Porém atualmente passa por um momento de ajuste, onde ANDRE NATO MACHADO, INTERNATIONAL SALES DA TOYO INK: “Acreditamos que há muito espaço para crescimento de empresas que saibam explorar o potencial comercial da internet, personalização de atendimento, introdução produtos de valor agregado tanto em clientes novos como em clientes frequentes.”

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