Revista Graphprint - Edição 183

GRAPHPRINT Jan/Fev 2018 35 Um fato que consegue preocupar e ao mesmo tempo incentivar novos negócios de impressão é que a capacidade de leitura no Brasil ainda tem condição de ser ampliada. Vejamos, por exemplo, a Pes- quisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contí- nua) 2016 divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Ge- ografia e Estatística (IBGE). Há 24,8 milhões de pessoas de 14 a 29 anos de idade que não frequentavam escola, cursos pré-vestibular, técnico de nível médio ou de qualificação profissional em 2016. Em 2016, entre os 8 milhões de estudantes do ensino superior de graduação no Brasil, 842 mil frequentavam cursos tecnológicos, o que corresponde a 10,5% do total de alunos do ensino superior. A ESCOLHA PELA LEITURA Recente estudo com 1.040 consumidores do Brasil, feita pelo Two Sides, mostrou que prevalece, de forma acentuada, a pre- ferência pelas publicações impressas em segmentos como o de livros, revistas e faturas. Ainda de acordo o estudo, o Brasil está em terceiro lugar no ranking de 10 países pesquisados, com maior adesão à impressão em papel. E a expectativa segue positiva para 2018. “Nós acreditamos na me- lhora do cenário econômico e sabemos que estudos mostram que o consumo de papel está relacionado, entre outras coisas, com o inves- timento em educação, aumento de renda e qualidade de vida. Nos países em desenvolvimento, observa-se um crescimento no consumo de papel em consequência do aumento de renda e nível educacional. Vemos que o Brasil ainda tem um grande potencial de desenvolvi- mento da educação, que pode ampliar a demanda por papel, e esse processo deve se acentuar com a retomada da economia”, fala Tayla Monteiro, gerente de marcas e produtos da International Paper (IP). Em relação à oferta de papéis para imprimir e escrever, Tayla diz que a empresa enxerga que o consumo de papel está relacionado, entre outras coisas, com o investimento em educação, aumento de renda e qualidade de vida.” Mesmo que nos países desenvolvidos haja uma queda, nos países em desenvolvimento observa-se um crescimento no consumo de papel em consequência do aumento de renda e nível educacional. Desta forma, no Brasil, assim como em países emergen- tes, vemos um grande potencial de desenvolvimento da educação, que pode ampliar a demanda por papel”, analisa. Especificamente para o segmento de imprimir e escrever, a Inter- national Paper tem o Chambril Slim como seu lançamento mais recente. “Com alta definição de cores, ele tem a brancura ideal, alta lisura e é adequado para impressão de livros, revistas e periódicos em geral. Já no segmento digital, o Chambril Digital é o primeiro papel offset do Brasil para impressão digital inkjet com tinta pig- mentada, possui a tecnologia ImageLok, que, combinada à tinta pigmentada de impressão digital inkjet, dá maior vivacidade às co- res e aumenta a intensidade do preto. Ele é destinado às impressões em geral e dados variáveis”, explica Tayla. Alexandre Cezilla, gerente geral de estratégia e marketing da Su- zano Papel e Celulose, analisa que o mercado brasileiro de publi- cações impressas tem enorme potencial de crescimento. Embora o brasileiro seja apaixonado pela leitura de livros e revistas, números apresentados por consultorias internacionais mostram que o con- sumo per capita de papéis revestidos e não revestidos no Brasil ain- da é bastante inferior ao de países como Chile e Argentina. “Com a recuperação da economia brasileira, esperamos que essa diferença diminua ao longo do tempo e, por conta disso, continuamos inves- tindo em projetos que resultem na melhoria dos serviços prestados e na qualidade do papel que chega ao consumidor brasileiro”, diz. Ainda na opinião de Cezilla, o otimismo é corroborado pelos mais TAYLA MONTEIRO, GERENTE DE MARCAS E PRODUTOS DA INTERNATIONAL PAPER: “Nos países em desenvolvimento, observa-se um crescimento no consumo de papel em consequência do aumento de renda e nível educacional. Vemos que o Brasil ainda tem um grande potencial de desenvolvimento da educação, que pode ampliar a demanda por papel, e esse processo deve se acentuar com a retomada da economia.”

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