Revista Graphprint - Edição 184

GRAPHPRINT Mar/Abr 2018 43 século XX. O que chamamos agora de 4ª Revolução Industrial se caracteriza por um mix de tecnologias que elimina as barreiras entre o físico e o digital. “Numa sociedade cada vez mais conectada, a Inteligência Artifi- cial, o aprendizado de máquina (Machine Learning), a Internet das Coisas (IoT) e os sensores nos meios de produção (Indústria 4.0) garantem mais agilidade e eficiência. Segundo a Organiza- ção Internacional do Trabalho (OIT), o número de robôs indus- triais cresce uma média de 9% ao ano, desde 2010. No Brasil, a Federação Internacional de Robótica prevê que 12 mil robôs industriais serão comercializados até 2020”, aponta Stefanini. É natural que todas essas transformações tecnológicas causem um desconforto inicial, como também aconteceu nas revolu- ções anteriores. Muitos profissionais veem na automação um risco iminente para a empregabilidade. “Com certeza, haverá mudanças significativas, que sinalizam para o fim de atividades repetitivas, que serão cada vez mais incorporadas pelas máqui- nas”, observa Stefanini. Por outro lado, as pessoas também terão a oportunidade de in- vestir em outras profissões que envolvem uma capacidade ana- lítica maior. O estudo “Futuro do Trabalho”, publicado no ano passado pelo Fórum Econômico Mundial, diz que quase dois terços das crianças que ingressam no ensino primário irão tra- balhar em funções que ainda não existem. A tendência é de que surjam novas vagas na área de internet móvel, IoT, robótica, matemática e análise de dados. AS PESSOAS TAMBÉM TERÃO A OPORTUNIDADE DE INVESTIR EM OUTRAS PROFISSÕES QUE ENVOLVEM UMA CAPACIDADE ANALÍTICA MAIOR. O ESTUDO “FUTURO DO TRABALHO”, PUBLICADO NO ANO PASSADO PELO FÓRUM ECONÔMICO MUNDIAL, DIZ QUE QUASE DOIS TERÇOS DAS CRIANÇAS QUE INGRESSAM NO ENSINO PRIMÁRIO IRÃO TRABALHAR EM FUNÇÕES QUE AINDA NÃO EXISTEM. A TENDÊNCIA É DE QUE SURJAM NOVAS VAGAS NA ÁREA DE INTERNET MÓVEL, IOT, ROBÓTICA, MATEMÁTICA E ANÁLISE DE DADOS “No Brasil, ainda temos um longo caminho a percorrer, embo- ra a transformação digital seja uma necessidade crescente en- tre empresas que buscam se reinventar. Na era do crescimento exponencial, precisamos mostrar como a tecnologia de ponta pode ser um fator decisivo para se manter na liderança ou sim- plesmente desaparecer. Em dez anos, a estimativa é de que 40% das corporações atualmente relacionadas no índice Fortune 500 tenham deixado de existir”, compartilha Stefanini. É O MOMENTO DE SE PREPARAR E como o Brasil pode se preparar para este novo cenário? Não existe apenas um caminho a trilhar, mas certamente um deles passa pela educação e qualificação profissional. “Como iniciati- va privada, nosso dever é contribuir para a formação de pessoas que poderão utilizar a inovação como um diferencial competiti- vo a curto e médio prazo. Com as novas exigências do mercado, a sobrevivência de uma empresa depende da sua capacidade de inovar e abraçar novas mudanças. Já a geração de empregos no futuro estará diretamente relacionada à criatividade, qualifica- ção, resiliência e capacidade de trabalhar em equipe. O novo mundo do trabalho é mais colaborativo e flexível”, conclui o fundador e CEO global da Stefanini. “NUMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS CONECTADA, A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, O APRENDIZADO DE MÁQUINA (MACHINE LEARNING), A INTERNET DAS COISAS (IOT) E OS SENSORES NOS MEIOS DE PRODUÇÃO (INDÚSTRIA 4.0) GARANTEM MAIS AGILIDADE E EFICIÊNCIA. SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO (OIT), O NÚMERO DE ROBÔS INDUSTRIAIS CRESCE UMA MÉDIA DE 9% AO ANO, DESDE 2010. NO BRASIL, A FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE ROBÓTICA PREVÊ QUE 12 MIL ROBÔS INDUSTRIAIS SERÃO COMERCIALIZADOS ATÉ 2020”

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