Papéis Especiais
GRAPHPRINT JUN/09
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GRAPHPRINT:Como ser um integrante do Conselho do Papel?
Cynthia:Normalmenteacadadoisanosrenovamosogrupo,colocandonovas
pessoas.Namaioriadasvezeselassãoindicadaspelosprópriosconselheiros.
GRAPHPRINT: Qual a opinião do conselho quando o assunto é o uso de
papel especial no mercado gráfico brasileiro?
Cynthia: A utilização de papéis especiais em projetos de comunicação
como, por exemplo, identidades corporativas, folders, manuais, encartes,
peças de marketing de relacionamento, enfim, todo tipo de comunica
ção impressa que as agências e estúdios desenvolvem, está se tornan
do mais comum. Algumas agências, como é o caso da Oliver Company,
utilizam os papéis especiais como um dos diferenciais de criação das
peças e mantêm uma mapoteca atualizada de papéis especiais para
desenvolvimento de layouts, já com o tipo de papel idealizado no pro
jeto criativo. O cliente recebe o layout no papel que será impresso em
gráfica. Muitas vezes, não é necessária uma criação muito “rebusca
da”, o próprio papel é o diferencial da peça, o simples, bem elaborado,
é melhor que o complexo. É mais agressivo, mais direto, passa a men
sagem de uma forma inusitada. O papel passa a ser parte efetiva da
comunicação e não apenas um suporte, o veículo desta comunicação.
O mercado gráfico brasileiro está se adaptando aos papéis especiais,
pois essa lacuna está sendo preenchida por gráficas que descobriram
que imprimir no papel especial não é diferente nem demanda técnicas
apuradas. O próprio portfólio da gráfica fica engrandecido no desenvolvi
mento de peças especiais que usam esses papéis como parte efetiva de
sua comunicação.
- Papel-jornal: Papel fabricado principalmente de celulose mecanicamen
te triturada, menos durável que outros papéis, com baixo custo de produ
ção. É o tipo de papel mais econômico que pode suportar processos de
impressão normais
Principais usos: Jornais e revistas em quadrinhos.
- Papel-antique: Acabamento rústico oferecido sobre papel offset.
Principais usos: para dar textura a publicações como relatórios anuais.
- Papel não revestido: Mais ampla categoria de papel para impressão e
escrita, que inclui quase todas as gramaturas de papel offset e de escri
tório utilizadas para impressão comercial em geral.
Principais usos: papel para impressora, copiadora e envelopes.
- Pasta mecânica: Produzida com celulose, contém lignina ácida. Adequa
da para usos de curto prazo, pois com o passar do tempo fica amarelada
e perde as cores
Principais usos: Jornais e listas telefônicas.
- Papel cartão Supremo: cartão não revestido.
Principais usos: suporte para capa de livro.
- Papel couché: Papel de alta qualidade, encorpado e revestido com subs
tâncias minerais para oferecer uma boa superfície de impressão, espe
Tipos de papel
cialmente para meio tom em que a definição e os detalhes são importan
tes. Tem alto brilho e lustro.
Principais usos: Impressão em cores, revistas.
- Papel couché monolúcido de alto brilho: Papel revestido com um acaba
mento de alto brilho obtido fazendo o papel, ainda úmido, passar por uma
série de rolos metálicos polidos sob alta pressão e temperatura.
Principais usos: Impressão em cores de alta qualidade.
- Papel cromo: Revestimento impermeável em um dos lados concebido
para um bom desempenho da aplicação de relevo seco e revestimento
em verniz.
Principais usos: rótulos, invólucros e capas.
- Papel cartão de alta qualidade (papel cartucho): Papel branco, grosso,
especialmente utilizado para desenhos a lápis e tinta.
Principais usos: para dar textura à publicação, como relatórios anuais.
- Papel cartão de fibra reciclada: papel cartão revestido ou não revestido
produzido a partir de refugo de papel ou papel reciclado.
Principais usos: material de embalagem.
Fonte: Livro Impressão & Acabamento, de Gavin Ambrose e Paul Harris,
tradução Edson Furmankiewicz – Porto Alegre, Editora Bookman, 2009.