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GRAPHPRINT JUN/09
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acontece
no mercado
Com Heidelberg,
Argon controla tudo
A Argon, que desde 1985 trabalha com foco no mercado promocional,
viu, há pouco mais de um ano, uma boa oportunidade para ampliar seus
negócios. Os sócios João Mateus (foto) e Eduardo Mateus perceberam
que a empresa terceirizava muitos trabalhos. Após análise, verificaram
que o custo-benefício para centralizar todo o processo de produção valia
a pena. “Vimos na criação da gráfica uma oportunidade de expandir o
nosso negócio”, diz João.
Para tornar a pré-impressão ainda mais eficiente, a Argon conta também
com o Prinect Signa Station, que faz imposição de páginas, e o Prinect
Meta Dimension, programa que faz o RIP do arquivo, transformando as
informações de PDF para CMYK, que divide a imagem em um cabeçote de
laser do CTP, possibilitando uma produção de chapas mais rápida. Além
disso, a gráfica também trabalha com o Prinect Prepress Interface, que
conecta a pré-impressão com as Speedmaster SM 74 da empresa. Essa
conexão permite que as impressoras sejam ajustadas automaticamente
no formato e espessura do trabalho a ser impresso.
Para os sócios, a pré-impressão, a impressão e o acabamento afinados
são primordiais para que o trabalho seja feito de forma eficiente e chegue
ao final do processo com a menor chance possível de apresentar erros.
“O caminho para uma impressão sem erros é uma boa pré-impressão.
Quanto ao acabamento, é onde fica o maior gargalo da produção, e os in-
vestimentos foram feitos para podermos ter maior controle do processo,
principalmente dos prazos”, explica João.
A Argon, que praticamente eliminou a terceirização e hoje imprime e fina-
liza quase toda a sua demanda internamente, conta com 60 funcionários,
trabalha 24 horas por dia e produz trabalhos promocionais, como pro-
dutos magnéticos, papéis de presente, folderes, folhetos, malas diretas
e revistas, muitos deles, produtos licenciados. “Com esse investimento
conseguimos flexibilidade na produção de trabalhos, um controle maior
de qualidade, custos e prazos melhores para nossos clientes, além de
ter equipamentos que nos dão mais vantagem na hora de buscar novos
trabalhos”, finaliza João
Setor gráfico adere à permuta
como solução para crise
O termo permuta tornou-se pejorativo para muitas empresas e profissio-
nais, já que pode passar a idéia de que envolve um relacionamento de
muito trabalho e nenhum dinheiro.
No entanto, é possível transformar essa forma de relacionamento históri-
ca, chamada de escambo, em negócio. A procura pela permuta dobrou de
dezembro de 2008 a fevereiro de 2009. O mercado de troca de produtos
e serviços entre empresas cresceu 30% em 2008 e, segundo alguns con-
sultores, deve aumentar mais 40% em 2009.
A Tradaq, pioneira em bartering
(troca) no Brasil, tem previsão de
movimentar de R$ 30 milhões a R$
35 milhões em operações este ano.
As empresas de mídia, como publi-
cidade, assessoria e base de dados,
representam 35% do total de ope-
rações da Tradaq; as de produtos,
30%, e as de mídias, 35%.
Segundo Marco Del Giudice, diretor
comercial da Tradaq (foto), o mer-
cado gráfico enfrenta sazonalida-
de, e em alguns momentos do ano
é possível incrementar as vendas com a permuta. “A procura pela per-
muta multilateral tem aumentado consideravelmente por causa da crise.
Movimentamos no ano passado R$ 3 milhões em permuta somente no
segmento gráfico, e a previsão é de que chegue a quase R$ 4,5 milhões
neste ano”, explica.
O que chama a atenção dos usuários do sistema Tradaq de permuta é
o quanto conseguem economizar, porque podem usufruir de produtos
e serviços que necessitam com frequência sem tirar dinheiro do caixa
da empresa.
Segundo o executivo, como reflexo da crise global, muitas gráficas es-
tão com a capacidade de serviço ociosa, e, como alternativa, procuram
soluções criativas e econômicas. Nesse sentido, a permuta surge como
principal meio de fazer negócios e economizar.
Em 2008, a Tradaq movimentou R$ 24 milhões. “Gráficas de diversos por-
tes fazem parte do sistema de permutas, como, por exemplo, Artefinal,
Gráfica Bandeirantes, Compulaser, Stampato, Ville Artes Gráficas, Tom
Artes, Santha Fé e Servgraf”, enumera Del Giudice. “Há alguns casos
que conseguimos até mesmo substituir insumos, mas as substituições
de despesas são, em geral, feitas por contabilidade, móveis para escritó-
rio, serviços de motoboy, persianas, piso epóxi, climatização de ambiente,
entre outros”, ilustra. No caso de negócios internacionais, os clientes da
Tradaq têm condições especiais na promoção de seus produtos e na com-
pra de serviços de interesse, devido à parceria da empresa com empresas
de vários países.