Page 44 - 90

Basic HTML Version

EQUIPAMENTOS PARA ACABAMENTO
GRAPHPRINT JUN/09
44
Relegados a segundo plano antigamente, os modernos e atuais equi-
pamentos para acabamento de impressos gráficos ganharam respeito
frente à freguesia. Pode diminuir ou aumentar a tiragem, a única certeza
que fica é que pequena ou grande, sem exceção, a impressão não se
transforma em arte se não passar pelo acabamento. O desafio de inserir
na cabeça do gráfico que esse setor é importante tal e qual as demais
etapas não foi assim tão fácil como escrever os motivos que levaram ao
reconhecimento.
Para João Ricardo Almeida, sócio e gerente da Graphimport, o acabamen-
to sempre foi considerado o ‘patinho feio’ dentro das gráficas brasileiras.
“A maioria investia em impressoras cada vez mais modernas e produti-
vas e deixava os equipamentos de acabamento para segundo plano. Esse
quadro mudou com a constatação de que a produtividade do acabamento
deve sempre acompanhar a impressão, sob o risco de deixar a gráfica
num gargalo”, completa.
Quem casa, quer casa, e quem investe em modernas impressoras preci-
sa casá-las com novos tempos também. “Os investimentos das gráficas
em sistemas de impressão modernos têm criado gargalos no final do
processo, fazendo com que a produção se acumule na etapa do acaba-
mento. Dessa forma, a solução para o gráfico é investir em máquinas
automatizadas que realizem as finalizações com rapidez e eficiência. O
acabamento é o foco do momento. O gráfico também quer otimizar a utili-
O fim do começo
Já faz um bom tempo que o setor de acabamento deixou de ser o “patinho feio”
dentro das gráficas. Hoje, ao contrário, se tornou cisne cujas asas dão o
embelezamento e a diferenciação exigidos pelos impressos.
Fábio Sabbag
zação de mão-de-obra, ganhando com mais velocidade e obtendo menor
margem de erro. Uma gráfica bem equipada no setor de acabamento terá,
fatalmente, menos desperdício de material. E esse é um custo que sai do
bolso do gráfico e ele sabe que a economia significa lucro”, conta Alexan-
dre Luz, gerente de vendas da Man Ferrostaal.
Trata-se de uma elementar questão: para que investir na melhor tinta, na
melhor impressora e nos melhores substratos se tudo não vai passar pelo
final de forma adequada? “É um segmento que está cada vez mais em
evidência, porque, na fase do acabamento o produto já possui um valor
agregado alto e se o mesmo não é processado e finalizado adequadamen-
te o gráfico desperdiça o dinheiro empregado em seu processo produtivo.
Além disso, existe uma tendência natural de o gráfico investir muito em
produtividade e automação na área de impressão e o tempo ganho nessa
etapa do processo produtivo se perder, criando um gargalo na produção.
Hoje, vemos que essa mentalidade está mudando e o empresário já no-
tou que, com o equipamento certo, pode agilizar muito o acabamento,
cumprindo prazos mais apertados e com altas exigências por produtos
de qualidade. O mercado também está mudando seu ponto de vista com
relação à terceirização do acabamento gráfico, pois ela envolve maiores
custos de logística e muitas vezes o acabamento contratado não possui
o mesmo padrão de qualidade originalmente fornecido pelas gráficas.
Um trabalho finalizado dentro da gráfica significa maior controle sobre o