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GRAPHPRINT OUT/09
EDITORIAL
Brasil: “a bola da vez”
Assim como outros setores da economia, a indústria gráfica sofreu
com um longo período de jejum de investimentos, devido às incertezas
da economia mundial, que agora começa a desanuviar. Especialistas
garantem que a crise acabou e que, a partir de agora, a economia deve
começar a girar novamente, trazendo à tona os projetos que há um ano
estão à espera de dias melhores para serem executados.
As perspectivas são favoráveis. O último trimestre do ano é o perío-
do em que a economia é mais forte, de uma maneira geral. O medo
da crise também perece estar passando, aos poucos, trazendo mais
confiança para os negócios e, por consequência, mais arrojo e cora-
gem para “fazer acontecer”. O segmento promocional é puxado com
as vendas de Natal e o próximo ano promete também com a realização
das eleições. E assim por diante.
Por outro lado, a volta da cotação do dólar aos patamares de um ano
atrás - quando a crise começou - trazem mais tranquilidade aos
empresários gráficos e deve ajudar na volta dos investimentos, im-
pulsionando as vendas de equipamentos (veja matéria sobre dis-
tribuição de equipamentos para impressão), promovendo a recicla-
gem e a modernização do parque gráfico nacional com a introdução
de novas tecnologias.
Além disso, com a retração natural do mercado mundial, países como
Brasil e China estão na mira dos investidores, pois saíram fortalecidos
de uma crise sem precedentes, demonstrando a solidez de suas eco-
nomias emergentes, provando assim que são locais perfeitos para o
crescimento de empresas que já têm seu espaço saturado em paí-
ses europeus e nos Estados Unidos. É de se esperar que, nos próxi-
mos meses, várias dessas empresas desembarquem no Brasil por
intermédio de representantes ou, talvez, investindo em escritórios
próprios para mostrar ao mercado brasileiro seus produtos, sejam
equipamentos, matérias-primas ou insumos para o setor gráfico,
de uma forma geral.
Todos esses fatores fazem do Brasil “a bola da
vez”, como se diz em uma partida de bilhar, em
uma alusão à bola na qual o jogador é obriga-
do a jogar. E não há mais espaço para os pes-
simistas que dizem que medidas do governo
podem influenciar na credibilidade do País no
exterior. Estamos há 14 anos com uma econo-
mia sólida, moeda estável, inflação controlada
e sobrevivemos a duas crises: a asiática, em
1999, e a essa da qual estamos saindo forta-
lecidos, por estarmos com boas reservas cam-
biais e termos feito, nesse período, a chamada
“lição de casa”. É hora de acreditar no País e
de tocar em frente.
Marcos Mila