Indústria gráfica faturou R$ 23,74 bi em 2008, 2,1% a mais do que em 2007. O setor, contudo, enfrenta a dificuldade de pagar equipamentos comprados em dólar e euros e a retração do mercado externo.
Neste sábado (7/2), comemora-se o Dia do Gráfico. A data foi estabelecida por coincidir com a da fundação do primeiro sindicato dos trabalhadores do setor no País. Entretanto, em função da crise financeira que atingiu o mundo no ano passado, o segmento está preocupado hoje com os investimentos feitos com máquinas e equipamentos gráficos – só em importação foram gastos mais de US$ 3 bilhões nos últimos dois anos.
"O drama é como pagar as máquinas compradas em dólar e euros e que sequer chegaram aqui ainda. Isso é um passivo a ser absorvido”, avalia Alfried Plöger, presidente da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica).
Em 2008, o faturamento do setor gráfico chegou a R$ 23,74 bilhões, 2,1% a mais do que o registrado em 2007 (R$ 23,25 bilhões). A previsão da Abigraf para este ano é de faturamento de R$ 24,2 bilhões. "Devemos crescer como o PIB. Nosso setor é aderente a ele”, expõe Plöger.
A balança comercial registrou saldo negativo de US$ 114,2 milhões no ano passado – exportações de US$ 255,65 milhões e importações de US$ 369,85 milhões. "Exportamos muito para os Estados Unidos, em sua maioria cadernos e embalagens micro-onduladas. Os americanos estão em recessão há 11 meses. É claro que sentimos essa retração”.
Para o presidente da Abigraf Nacional, embora 2009 se anuncie um ano difícil para o setor, o Dia do Gráfico é para ser lembrado pelo importante papel que esses profissionais exercem na sociedade. "Contribuímos, de maneira significativa, para o progresso socioeconômico do País. Os gráficos viabilizaram a disseminação do conhecimento e da informação, itens fundamentais ao desenvolvimento”, exprime Alfried Plöger. O setor gráfico, com 200 de estabelecimento no País, reúne cerca de 19 mil empresas no Brasil, totalizando 209 mil funcionários.
