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Empresas não valorizam funcionários, adverte professor da FEI

17/02/2009 - 00:02
Tema é abordado no livro Gestão Estratégica de Pessoas, do prof. André Mascarenhas, do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana)

Na retomada da economia, as empresas que almejam continuar a crescer vão precisar investir na mão-de-obra especializada. O ideal, portanto, é continuar a investir na gestão de pessoas, o que não significa pagar bons salários, ter os melhores funcionários e investir em treinamento. “Atualmente, vivemos um momento de crise financeira e uma das primeiras medidas das empresas é a redução da mão-obra, contenção de gastos ou cancelamento de projetos em gestão de pessoas. Estas posturas podem ser muito contraprodutivas no médio prazo”, critica André Ofenhejm Mascarenhas, professor dos cursos de graduação e mestrado em Administração, do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana). Mascarenhas acaba de lançar o livro Gestão Estratégica de Pessoas – Evolução, teoria e crítica, um trabalho de seis anos de pesquisa na área.

Publicado pela editora Cengage Learning, o livro possui 303 páginas de texto conceitualmente rico, que aprofunda o entendimento das questões que atualmente constituem a essência da tradicional função gerencial. O professor reconhece uma tendência entre as empresas brasileiras à valorização do ser humano no ambiente de trabalho. Entretanto, em muitas empresas isso acontece somente no nível dos discursos, o que gera frustração e desmotivação. “Muitas pessoas têm a visão de que o departamento de RH é burocrático e isso precisa ser mudado. De fato, mudar este cenário depende de os profissionais de RH dominarem conhecimento especializado, bem fundamentado nas ciências do comportamento, mas aplicado à gestão” afirma.

“Gestão Estratégica de Pessoas foi concebido com este objetivo em mente”, diz o professor, doutor em Administração pela EAESP/FGV e que atualmente orienta dissertações de mestrado nas áreas de gestão de pessoas, gestão estratégica de pessoas, inovação social, cultura e mudança organizacional e gestão intercultural.

O livro é direcionado a estudantes de administração, da graduação ao doutorado. A obra recupera as perspectivas pioneiras na área durante a década de 1980, discute a renovação do modelo de gestão estratégica de pessoas na década de 1990, aprofundando-se nos temas contemporâneos à área, como a gestão das competências, a gestão das mudanças e a gestão da diversidade. Assim, o livro retrata em profundidade a evolução dos discursos e práticas em gestão estratégica de pessoas, que passam pela temática da cultura organizacional para valorizar, mais recentemente, perspectivas baseadas em conhecimento e a noção de aprendizagem organizacional.

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