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Henkel apresenta os primeiros resultados do projeto piloto sobre pegada de carbono

12/03/2009 - 00:03
A Henkel e demais empresas participantes do projeto piloto “Product Carbon Footprint” (Pegada de Carbono de Produto) prometem trazer maior transparência nos impactos ao aquecimento global da fabricação dos produtos e aumento da consciência dos consumidores sobre a conseqüência de seus hábitos de consumo.

Os primeiros resultados do projeto foram apresentados nesta semana na Alemanha. O objetivo foi desenvolver uma medição padronizada das emissões de gases que causam o efeito estufa em produtos e serviços das mais variadas indústrias. O impacto do conjunto desses gases, responsáveis pelo aquecimento global, é chamado de “pegada de carbono”. A análise incluiu todas as fases do ciclo de vida do produto, passando pela produção, transporte, consumo e descarte, e permitirá mudar os processos em todos eles, minimizando o impacto. O projeto irá estabelecer também qual a melhor forma de comunicar essas informações aos consumidores. Em alguns casos, o maior impacto na emissão dos gases acontece na fase de consumo – caso dos detergentes e xampus, por exemplo. Por isso, aumentar a consciência do consumidor e ajudá-lo a adaptar seus hábitos de consumo individual é de grande importância para o sucesso do projeto. Além da Henkel - fabricante global de adesivos, detergentes e cosméticos - e de outros parceiros corporativos, os participantes do projeto incluem a WWF, o “Öko-Institut” (Instituto para Ecologia Aplicada), o Instituto Potsdam para Pesquisa do Impacto Climático e a agência alemã THEMA1.

“Para a Henkel, a contribuição das empresas deve ir além do desenvolvimento de produtos com um saldo ecológico mais positivo. A acessibilidade do conceito para o leigo é o grande ponto-chave do projeto”, explica o Dr. Thomas Förster, Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da divisão de Cosméticos da Henkel. “A pegada de carbono de um produto faz com que a questão da proteção climática seja mais tangível e acessível e permite que consumidores e empresas tenham meios para mensurar suas contribuições individuais”, completa.

Como parte do projeto piloto, a Henkel já completou os cálculos para avaliar a pegada de carbono de detergentes de limpeza pesada e de um xampu, não comercializados no Brasil. Na análise geral de um detergente, cerca de 70% das emissões ocorreram durante o processo de lavagem. Assim, selecionar na máquina de lavar uma temperatura mais baixa tem um impacto significativo no resultado geral. Se a lavagem for feita a 30ºC em vez de 60º C, a diferença é de cerca de 480g de gases por lavagem, com base nos valores médios de consumo. Com três lavagens por semana, o potencial de economia chega a um total de 74 kg de gases /ano. Isto corresponde, aproximadamente, às emissões de gases de efeito estufa de um carro médio (160g de gases por quilômetro) no percurso de São Paulo ao Rio de Janeiro (400 km).

Também no caso do xampu, a maior parte das emissões de gases de efeito estufa ocorre durante a fase de uso. Mais de 90% do total de liberação de gases ocorre durante o aquecimento da água para o banho ou lavagem de cabelo. Reduzir o volume de água utilizado de 22,5 para 18 litros, e a temperatura de 40º para 37ºC, reduz as emissões em 1/3 – gerando da mesma forma um enorme potencial de economia. No caso dos detergentes da Henkel, várias embalagens e anúncios publicitários na Europa já foram alterados nos últimos meses, contendo orientações para o consumidor reduzir a temperatura de lavagem. Os detergentes também tiveram suas fórmulas alteradas, para que oferecessem o mesmo resultado de lavagem, mesmo com uma temperatura mais baixa. Até o final do projeto piloto, a Henkel também fornecerá as análises para selantes utilizados na construção civil (Sista) e adesivos para embalagem industrial (Liofol), disponíveis no mercado nacional.

“Nós trabalhamos há décadas para fazer com que nossa produção e nossos produtos sejam o mais eficiente possível em termos de energia, possibilitando uma contribuição de forma constante e relevante para a proteção climática”, disse Christian-André Weinberger, Vice-Presidente Corporativo Sênior e Diretor Executivo de Marketing Global da divisão de detergentes da Henkel. “Para que haja um progresso significativo em relação à proteção climática, empresas e consumidores devem seguir na mesma direção”, completou.

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