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Biografia de Max Schrappe resgata a história das primeiras indústrias do Paraná

24/03/2009 - 00:03
Biografia de Max Schrappe resgata a história das primeiras indústrias do Paraná Relato da vida de um importante empreendedor alemão do ramo gráfico, um dos proprietários da Impressora Paranaense, a obra “Max Schrappe – Minha Vida, Mein Leben” (editora Clemente & Gramani, 286 páginas), narra suas memórias desde o embarque no navio Valparaíso, em Hamburgo (Alemanha), em 1891.

Livro será lançado em 26 de março, a partir das 19h30, no Auditório do Instituto Martius-Staden, Colégio Visconde de Porto Seguro Unidade III – Panamby
(Rua Itapaiúna, 1355 – São Paulo / SP)

Schrappe trocou a Alemanha pelo Brasil, mais especificamente Papanduva (Santa Catarina), onde aportou na aurora do século XX. Ali, começou a trabalhar como contador. Entretanto, logo descobriu que havia mercado para a venda de baralhos. Comprou uma pequena máquina litográfica manual e aprendeu o ofício de desenhar sobre a pedra. Estudou, pesquisou e se tornou competente litógrafo. Imprimiu primorosos baralhos e, logo, passou a fazer outros serviços gráficos. Por fim, acabou por se dedicar, basicamente, à produção de rótulos coloridos, aplicados nas barricas de erva-mate exportadas para o mercado italiano – num trabalho de grande perfeição gráfica. Em 1905, a empresa foi transferida para Joinville (SC) e, anos mais tarde, foi aberta uma filial em Curitiba (Paraná). Em 1912, associou-se ao industrial Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Cerro Azul, proprietário da Impressora Paranaense. Estava consolidada a forte ligação da família com o ramo gráfico.

“Max Schrappe – Minha Vida, Mein Leben” – que foi concebido e coordenado pelo neto do autor, Max H. G. Schrappe – traz panoramas curiosos sobre a política e a economia do fim do século XIX, registrando, com minúcia, como se vivia e se trabalhava no Brasil e na Alemanha daquela época. A riqueza das informações e os detalhes preservados resultaram em um informe que desperta da atenção dos leitores e contribui para o regaste histórico da evolução da sociedade e da atividade gráfica nos estados do Paraná e de Santa Catarina, principalmente. Na opinião do escritor e historiador Hernani Donato, registrada em seu prefácio, “a obra conta, no melhor estilo alemão de harmonizar observações de ordem geral e considerações pessoais, a trajetória de um homem e de uma empresa, os quais, ao final, se mostram ao leitor com uma única fisionomia: Max Schrappe e Impressora Paranaense”. Escrito originalmente em alemão, o diário de Schrappe, traz uma narrativa audaciosa e dinâmica, como se houvesse sido concebido para ser publicado. Responsável pela tradução do conteúdo, Werner Egon Schrappe, neto do autor, intentou fazer “com que as novas gerações, pudessem também tirar proveito daquela leitura tão inspiradora.”

“A história da humanidade registra feitos de homens e mulheres que, embora muitas vezes destinados ao anonimato, acabaram por realizar empreendimentos que os tornaram importantes lembranças. Max Schrappe foi uma dessas pessoas especiais. Um homem que optou por ser o autor de sua vida”, afirma o jornalista e escritor Ricardo Viveiros, em seu prefácio. Ao optar por ser o autor de sua própria vida, registrando detalhadamente suas memórias em um diário, Max Schrappe permitiu-se, também, ser o autor de sua biografia.

“Minha amada segunda pátria”, era a referência de Schrappe – que aproveitou a primeira oportunidade que teve para se naturalizar – ao Brasil. O significado disso fica muito claro no livro, pois sua dedicação ao desenvolvimento de suas atividades no ramo gráfico com certeza contribuiu para o crescimento do País que tão bem o acolhera. A capacidade de promover mudanças positivas é uma virtude muito especial! É um dom que transforma alguns indivíduos em protagonistas de seu espaço e de seu tempo. E este livro é o fruto deste dom.

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