A Suzano Papel e Celulose (ações cotadas na Bovespa – SUZB5), a maior produtora integrada de celulose de eucalipto e papel da América Latina, registrou em 2008 recordes importantes: de produção de 2,7 milhões de toneladas de papel e celulose de mercado; de vendas: 1,2 milhão de toneladas de papel e 1,3 milhão de toneladas de celulose de mercado; receita Líquida recorde de R$ 4,1 bilhões; de EBITDA: R$ 1,5 bilhão com margem de 36%; Sólida disponibilidade de caixa: R$ 2,2 bilhões em 31/12/2008;
Os preços de diversas commodities, após atingirem elevados níveis históricos na primeira metade de 2008, sofreram fortes recuos ao longo do segundo semestre. A longa trajetória de apreciação do Real foi interrompida a partir do mês de setembro, com desvalorização de 31,9% da moeda no ano. O ano de 2008 foi marcado pelo fortalecimento da estratégia de negócios e pela busca da excelência em gestão a fim de preparar a Suzano para iniciar um novo ciclo de crescimento, que levará a empresa a um patamar superior de produção de papel e celulose nos próximos anos.
Na Unidade de Negócio Celulose, o destaque foi a conclusão da curva de aprendizado que levou a Linha 2 de Mucuri a alcançar 87% da capacidade de produção, de 1,0 milhão de toneladas, além da consolidação da atuação no mercado chinês, através do escritório comercial em Xangai, que, ao final do período, já respondia por aproximadamente 27% das vendas de celulose de mercado.
Na Unidade de Negócio Papel, sobressaiu-se o mapeamento de processos comerciais e logísticos ocorrido no âmbito do Projeto Visão, que busca melhorar o nível dos serviços prestados aos clientes. A iniciativa tem como foco o balanceamento de estoques, a ampliação da eficiência logística e o planejamento da produção, principalmente para o mercado externo. Também foram lançados novos produtos – Report® com tecnologia ColorLok, Report Carbono Zero e TP Pharma – que já respondem por 16% das vendas.
Na área florestal, foram plantados cerca de 48 mil hectares ou 64 milhões de árvores. Esses avanços estão amparados por um importante diferencial, que fortalece nossa competitividade nos mercados nacional e internacional: todas as nossas florestas e todos os nossos produtos são certificados por organismos mundialmente reconhecidos.
A Suzano anunciou, em julho de 2008, um novo ciclo de crescimento orgânico que permitirá ã empresa alcançar uma capacidade instalada de 7,2 milhões de toneladas na próxima década.
A brusca e significativa mudança no ambiente de negócios, deflagrada com a crise de confiança e sentimento de aversão a riscos que drenaram a liquidez dos mercados, durante o segundo semestre do ano, provocou impactos negativos na indústria global de papel e celulose. Ainda assim, a Suzano foi capaz de apresentar melhoria em seus resultados e margens operacionais em relação ao ano anterior, encerrando o ano com disponibilidade de caixa de R$ 2,2 bilhões e um novo recorde de geração de caixa, medido pelo Ebitda, que atingiu R$ 1,5 bilhão, com margem de 36,2% ou 5,8 pontos percentuais acima da margem registrada em 2007.
Por exigência contábil, ainda que haja um perfil adequado de dívida com prazo médio de cerca de 4 anos, as receitas vinculadas às exportações só podem ser apropriadas quando efetivamente realizadas. Assim, a empresa registrou um prejuízo contábil de R$ 451 milhões. Por um lado, o cenário de desaceleração econômica global traz grandes desafios e oportunidades para a empresa que poderá se beneficiar da depreciação do Real e da queda de preços de insumos e, como serão recebidos mais reais pelas mesmas exportações, o impacto negativo desta desvalorização cambial tende a ser mais do que compensado nos trimestres seguintes.
Atenta à necessidade de construir o presente com os olhos voltados para o futuro, a Suzano dedica-se à produção de papel e celulose com base nos três pilares da sustentabilidade (econômico, social e ambiental). Esta é a essência de sua estratégia de negócios e que lhe proporciona vantagem competitiva para posicionar-se adequadamente em um ambiente altamente concorrido e globalizado e, assim, assegurar a perenidade de suas atividades.
