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Embalagem: Um mundo de possibilidades

30/08/2017 - 13:08

Sustentabilidade, posicionamento de marca, branding e inovação marcaram a innovapack, feira que foi realizada de 22 a 24 de agosto de 2017, Transamerica Expo Center, em São Paulo. Focada em tendências de design e desenvolvimento para embalagens da indústria alimentícia, a feira trouxe inovações para o segmento, uma das partes da cadeia alimentícia em constante reinvenção para atender um consumidor cada vez mais exigente.

Destacaram-se embalagens assépticas que reduzem custo com estoque e transporte de alimentos e bebidas, higiênicas e sustentáveis. A série de conferências Packaging on the Road, promovida pelo Instituto de Embalagens, inspirou mudanças e promoveu a competitividade da indústria por meio de reflexões e relacionamento entre os participantes. Os temas abordados pelas apresentações são tendências, conversão e processos, novas tecnologias e sistema de visão.

Outro aspecto bastante relevante para o segmento é o design, que foi tema da Conferência innovapack “Influência da embalagem na decisão de escolha do consumidor para a compra do produto e a importância de valorizar a experiência do consumo”. Manuel Muller, da Muller Camacho Design, destacou o crescimento em 90% da repaginação de produtos antigos com novas embalagens diante do lançamento de novidades nas prateleiras. “É desafiador reter a atenção do consumidor, que perde no máximo um minuto e meio diante do produto para fazer a compra. Por isso, o portfólio de embalagens está cada vez mais amplo e o investimento no design é fundamental”, afirma Muller.

Entre as considerações mais importantes no design de embalagens estão a forma e a cor. A primeira captura a atenção e comunica o seu conteúdo por associações já conhecidas pelo consumidor. A segunda, mais subjetiva, envolve a cultura e experiência de cada comprador como critério de identificação. “O design de embalagens é melhor desempenhado e mais eficiente quando esses dois aspectos são alinhados primeiramente na estratégia de comunicação e posicionamento da marca”, acrescenta Muller.

Entre as conclusões de Muller, um produto é comprado quando sua embalagem é criada sob as diretrizes do branding, é mais bonita que a concorrência, traz transparência nas informações e seu conteúdo é recomendado por outros consumidores.

Também na conferência, Yuki Hamilton Onda Kobe, da área de Desenvolvimento Sustentável da Braskem, falou das embalagens produzidas a partir de fontes renováveis. Segundo ele, a versatilidade de aplicação dos polímeros pela indústria de transformação já é uma realidade e o futuro de novos materiais baseados em fontes renováveis não está distante.

Kobe traçou um panorama do futuro dos polímeros renováveis utilizados pela indústria de transformação de embalagens. “Os biopolímeros, uma das principais alternativas aos materiais plásticos derivados do petróleo, são 100% renováveis e apresentam melhores barreiras que o PET”, disse Kobe. Eles são produzidos a partir matérias-primas como cana-de-açúcar, milho, mandioca e batata, e óleos de girassol, soja e mamona. Com esse material, a indústria produz sacolas, sacos para acondicionar alimentos ou lixo cuja textura se assemelha a luvas cirúrgicas, e até produtos como pratos, copos e talheres.

Entre os fatores destacados pelo executivo para que a indústria de transformação possa desenvolver produtos cada vez mais sustentáveis estão a redução no custo operacional; leveza, resistência, versatilidade, ‘inteligência’, a exemplo de embalagens que indicam a temperatura do produto; e produtos hidrofóbicos, ou seja, que eliminam toda sobra de alimento no fundo das embalagens. “É claro que os aditivos usados nos processos de transformação devem ser seguros à saúde. E por fim, não podemos esquecer-nos da reciclabilidade dos materiais”, finaliza.

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