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Indústria gráfica deverá crescer 1,25os próximos seis meses

17/10/2008 - 00:10
Dados divulgados nesta sexta-feira (17/10), no encerramento do 14º Congraf (Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica), apontam que o setor, apesar da crise financeira mundial, deverá crescer 1,25% nos próximos seis meses. O evento, que também comemora o bicentenário da atividade no Brasil, realizou-se no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo. A indústria gráfica brasileira, segundo ranking divulgado pelo US Census Bureau, é a oitava maior do mundo.

A despeito da crise financeira internacional, estimativas da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), promotora do Congraf, indicam crescimento de 1,25% para o setor nos próximos seis meses. O presidente nacional da entidade, Alfried Plöger, revela que, no período, o número de empregos deverá registrar expansão de 4,1% e os investimentos, 33,7%. Em contrapartida, as exportações de impressos deverão recuar 2,1%, ante aumento de 39,4% das importações. A balança comercial setorial ao final do ano tem déficit estimado de U$ 52,14 milhões, resultante de vendas externas de US$ 190,77 milhões e compras de US$ 242,91 milhões.

Salientando que o resultado desfavorável do comércio exterior deve-se muito mais ao câmbio vigente até agora e à forte concorrência de produtos chineses de papelaria, em especial envelopes e cadernos, Alfried Plöger salienta que o setor é um termômetro da economia. “Enquanto estiver aquecida a produção de embalagens, impressos comerciais e promocionais, documentos fiscais, cartões de crédito e manuais de automóveis e de produtos eletroeletrônicos, a economia estará indo bem. E, felizmente, a indústria gráfica ainda não registra queda de pedidos”.

Nos últimos anos, o setor praticamente renovou o seu parque de maquinas gráficas, tendo importado bens de capital no valor de US$ 1,43 bilhão, em 2007, ou 241% a mais do que os US$ 419,07 milhões aplicados no ano anterior. Ao cabo de 2008, o crescimento previsto é de 28,20% em comparação com 2007. “Esse esforço de modernização tem garantido a competitividade e resultados positivos, como o aumento de 1,23% da produção, 3,4% do número de gráficas e 3,7% do volume de empregos, nos últimos 12 meses até outubro de 2008”, ressalta Alfried Plöger.

Para ele, o aumento da renda da população ampliará a demanda por produtos gráficos, via efeito multiplicador, principalmente fora dos grandes centros urbanos. “Verifica-se, ainda, tendência de maior crescimento do valor adicionado dos impressos em relação aos volumes produzidos, devido à procura por itens mais sofisticados”.

Em 2007, o valor da produção da indústria gráfica brasileira foi de R$ 22,33 bilhões (US$ 12,9 bilhões). Sua participação no PIB Nacional é de 1,02% e no da indústria de transformação, 5,74%. O setor fechou o último exercício com 19.550 gráficas em operação, nas quais trabalhavam 197 mil pessoas.

Ao comemorar seus 200 anos desde a instalação da Impressa Régia no Rio de Janeiro, em 1808, a indústria gráfica brasileira ocupa o oitavo lugar no ranking mundial do setor, à frente de vários países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que congrega as nações mais ricas.

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