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Evonik anuncia investimento de 45 milhões de euros em nova planta no Brasil

05/11/2008 - 00:11
A Evonik Industries anuncia a construção de uma nova planta para a produção de peróxido de hidrogênio (H2O2), um agente ecológico para branqueamento e oxidação utilizado principalmente na fabricação de papel e celulose, no complexo petroquímico de Triunfo, a 50 quilômetros de Porto Alegre, em meados de 2009. Com investimento da ordem de 45 milhões de euros, a unidade deve gerar 25 empregos diretos e entrar em operação no início de 2011. A capacidade de produção inicial esperada é de 40.000 toneladas métricas.

Hoje, a Evonik tem uma capacidade anual de produção de peróxido de hidrogênio de mais de 600.000 toneladas métricas, sendo a segunda maior produtora mundial. A demanda global para as aplicações em branqueamento de papel e celulose está acima de 3 milhões de toneladas métricas ao ano. O plano de investimento para as instalações ainda deverá ser aprovado pelo conselho de administração da Evonik e foi estimulado pelo desenvolvimento dinâmico do mercado de celulose, por meio de novos projetos e mediante a expansão das capacidades existentes.

O local do investimento, em Triunfo, faz parte de um parque químico estrategicamente localizado, próximo às indústrias compradoras de H2O2, que estão se desenvolvendo na região. “A indústria brasileira foi excelente durante duas décadas no desenvolvimento de celulose e papel. Não é só no tamanho mas também na tecnologia e nós temos a mais avançada tecnologia de produção de peróxido de hidrogênio do mundo. Os fabricantes de celulose no Brasil gerenciarão a crise e não temos dúvidas alguma sobre o investimento anunciado” afirma Thomas Haeberle presidente da Evonik Industries.

A previsão para a América do Sul e Ásia é que as taxas de crescimento excedam a 10% ano até 2012. De acordo com especialistas, o mercado de celulose brasileiro deverá dobrar até 2013, saltando de seis para 13 milhões de toneladas anuais. Os projetos de reflorestamento necessários para essa finalidade requerem um período anterior de aproximadamente sete anos e já foram anunciados para o sul do Brasil.

A Evonik produz peróxido de hidrogênio no Brasil desde 1997. Em 2007, na unidade de Barra do Riacho, no Espírito Santo, a capacidade foi expandida para cerca de 70.000 toneladas métricas. A capacidade adicional de 40.000 toneladas prevista para Triunfo significa que uma em cada seis toneladas de peróxido de hidrogênio produzidas pela Evonik no mundo será produzida no Brasil. O H2O2 é um dos negócios mais inovadores e que apresentam maior crescimento nos setores em que a Evonik atua. Por meio de inovações de sucesso, a Evonik oferece novas possibilidades de aplicações que permitem abrir mercados futuros.

Além das aplicações no branqueamento de papel e celulose, o peróxido de hidrogênio também é empregado na síntese de óxido de propileno, utilizado principalmente na produção de precursores de poliuretano. Os poliuretanos resultantes são, então, transformados em estofamento para assentos de automóveis ou para móveis. Para melhor atender a demanda mundial por peróxido de hidrogênio, a Evonik produz nas suas 11 fábricas localizadas nos seguintes países: Alemanha, Bélgica, Itália, Áustria, EUA, Canadá, Brasil, Coréia, Nova Zelândia e África do Sul.

Gerador de crescimento no portfólio: Peróxido de Hidrogênio
O peróxido de hidrogênio é um dos negócios mais antigos da Evonik, mas, ao mesmo tempo, um dos mais fortes em crescimento e em inovação. Com uma capacidade anual de cerca de 600.000 toneladas, a empresa ocupa a segunda posição no mundo. Para abastecer o mercado de peróxido de hidrogênio de forma otimizada a produção da empresa acontece em 11 localidades na Europa, América do Norte, América do Sul, Coréia, Indonésia, Nova Zelândia e África do Sul. Com taxas de crescimento regionais de até 8%, sobretudo na Ásia e na América do Sul, o peróxido de hidrogênio é extremamente atrativo.

O motivo do forte crescimento deste agente de branqueamento favorável ao meio ambiente é a sua grande versatilidade, que ultrapassa a utilização original do produto como matéria-prima para produção de um aditivo para sabão em pó. Hoje, os principais clientes são as indústrias de papel e celulose. A indústria química utiliza peróxido de hidrogênio como oxidante; outras aplicações destinam-se à proteção do meio ambiente, desinfecção de embalagens, tratamento de efluentes e água potável. Mais recentemente o peróxido de hidrogênio passou a ser utilizado também nos propulsores de foguetes. A demanda mundial situa-se em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

Além disso, a Evonik conseguiu, por meio de processos inovadores, desenvolver aplicações completamente novas para futuros mercados. Uma história de sucesso do ano de 2008 foi o início da utilização de peróxido de hidrogênio em escala industrial na síntese química de óxido de propileno. Com isso, o mercado de peróxido de hidrogênio deve crescer em 200.000 toneladas anuais nos próximos dez anos.

Os primórdios do negócio de peróxido de hidrogênio da Evonik encontram-se na antiga Österreichischen Chemischen Werken em Weissenstein (Kärnten, Austria), onde existe há mais de 100 anos. No ano de 1928, foi construída no complexo industrial de Rheinfelden, a primeira planta produtiva própria. Desde então, a empresa ampliou sistematicamente o negócio, aumentando continuamente a capacidade mundial de produção com novas unidades.

O mais recente crescimento registrou-se no Brasil, onde, desde 1997, produz-se peróxido de hidrogênio na planta de Barra do Riacho (Estado do Espírito Santo). Em 2007, a capacidade da planta foi ampliada para 70.000 toneladas anuais. O Brasil é o maior fabricante mundial de celulose de fibra curta para a produção de papel, que, por sua vez, é o mais importante mercado final de peróxido de hidrogênio. Também na África do Sul a demanda pela indústria local de papel e celulose por peróxido de hidrogênio cresce continuamente e para assegurar sua liderança de mercado neste país, a Evonik deve aumentar no primeiro semestre de 2009 a capacidade de produção em 50%, atingindo 15.000 toneladas na planta em Umbogintwini/Durban. O investimento total será de cerca de 3 milhões de Euros. A Evonik está presente no mercado Sul Africano de peróxido de hidrogênio há 30 anos e, com produção local, há oito anos, em Umbogintwini.

Em conjunto com a empresa de Engenharia Uhde, a Evonik desenvolveu nos últimos anos uma tecnologia de processo inovadora para produção de óxido de propileno a partir de peróxido de hidrogênio. Neste processo denominado Hydrogen Peroxide for Propylene Oxide (HPPO), o óxido de propileno é produzido a partir do peróxido de hidrogênio e do propileno na presença de um catalisador especialmente desenvolvido pela Evonik, com vantagens de custo e ambientamente favorável. O óxido de propileno é uma matéria-prima para produção de poliuretano, do qual são feitos painéis e estofados para veículos. Um volume de investimento substancialmente mais baixo torna este processo de HPPO muito mais econômico do que as atuais tecnologias de produção para óxido de propileno. Além disso, é extremamente favorável ao meio ambiente, já que com exceção de água praticamente não são gerados subprodutos. A Evonik é a única empresa que pode fornecer tecnologia para o processo HPPO, o catalisador necessário e o peróxido de hidrogênio conjuntamente.

Mundialmente a primeira produção de HPPO sob licença da Evonik e Uhde teve início em meados de 2008 em Ulsan (Coréia do Sul). A planta da coreana SKC, Seoul, tem uma capacidade instalada de 100.000 toneladas anuais de óxido de propileno. O peróxido de hidrogênio necessário para este fim é fornecido pela Joint Venture Evonik Headwaters diretamente “over the fence“. Para tanto, a Evonik e o parceiro americano da Joint Venture Headwaters, Inc., South Jordan (Utah), adquiriram no ano de 2006 a planta produtiva de peróxido de hidrogênio da finlandesa Kemira Oyj, para, em seguida, mais do que duplicar a sua capacidade que originalmente era de 34.000 toneladas anuais. A SKC abastece de Ulsan, além do mercado coreano, também os países vizinhos com óxido de propileno. O mercado asiático de óxido de propileno tem um volume de aproximadamente dois milhões de toneladas e tem um crescimento anual de cerca de 7%. A produção de HPPO da SKC é uma importante referência de projeto para a construção de outras instalações com a tecnologia inovadora.

Em março de 2008, a Evonik e a companhia russa JSC Sibur Holding (Moscou) acordaram um exclusivo estudo de viabilidade sobre a construção de uma planta de HPPO para a Federação Russa. Nos parâmetros desse estudo, devem ser determinadas também a possível localização e as capacidades da planta de peróxido de hidrogênio conjugada.

Paralelamente, a Evonik trabalha em conjunto com a Headwaters em mais um marco: a síntese catalítica direta do peróxido de hidrogênio ((Direct Synthesis Hydrogen Peroxide, DSHP). Dessa forma, água e oxigênio reagem com ajuda de um nano-catalisador especialmente desenvolvido pela Headwaters para formar peróxido de hidrogênio. A combinação do processo HPPO com a síntese direta (DSHP) oferece ainda mais vantagens de custo se comparada com o método convencional de produção de óxido de propileno.

Nos próximos anos, a Evonik ampliará continuamente sua excelente posição de mercado e tecnologia nos negócios de peróxido de hidrogênio, garantindo participação no crescimento desse dinâmico mercado.

Sobre a Evonik Industries
Evonik Industries é o grupo industrial criativo da Alemanha que atua em três áreas de negócios: Química, Energia e Negócios Imobiliários. A Evonik é líder global em especialidades químicas, especialista em geração de energia elétrica a partir do carvão mineral e fontes renováveis, além de ser uma das maiores empresas do ramo imobiliário residencial privado da Alemanha. Nossos pontos fortes são criatividade, especialização, auto-renovação contínua e confiabilidade.

A Evonik atua em mais de 100 países no mundo. No ano fiscal de 2007, 43.000 funcionários geraram vendas de aproximadamente 14,4 bilhões de Euros e lucros operacionais (EBIT) superiores a 1,3 bilhão de Euros (montantes preliminares).

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