Pioneira na produção de celulose a partir da fibra de eucalipto em escala industrial, a Suzano Papel e Celulose levou a produtividade florestal de suas áreas de plantio a um novo patamar. Com investimentos em pesquisas e aplicação de novas tecnologias às técnicas de manejo, a empresa tem obtido resultados muito expressivos.
Em pouco menos de três décadas, a produtividade mais do que dobrou. Enquanto nos anos 1980 a média era de 20 metros cúbicos de madeira por hectare/ano ou 4,5 toneladas de celulose por hectare/ano, atualmente, a Suzano colhe 46 metros cúbicos de madeira por hectare/ano, o que lhe garante uma produtividade de 10 toneladas de celulose por hectare/ano. Para 2008, a previsão é que a média fique em 47 m³.
A empresa, que iniciou a fabricação de celulose de eucalipto 1957 e foi a primeira a produzir também papel para imprimir e escrever utilizando 100% de celulose de eucalipto, é hoje líder mundial em vendas de celulose de eucalipto certificada pelo FSC e busca o melhoramento contínuo de seus índices de produtividade. Com investimentos recentes, foi possível desenvolver uma nova geração de mudas que, nos plantios experimentais, comprovou uma produtividade de 13 toneladas de celulose por hectare/ano, ou seja, cerca de 30% mais celulose para a mesma área plantada. Em 2008 a empresa realizará investimentos em pesquisa e desenvolvimento florestal 57% maiores do que em 2007.
“Além de extrair mais madeira por área, vamos obter mais celulose por metro cúbico”, explica João Comério, Diretor Executivo da Unidade de Negócio Florestal da Suzano. “Essa nova geração de clones é também mais resistente a doenças, o que é importantíssimo porque não aplicamos defensivos químicos em nossas áreas de plantio”, afirma.
Nos próximos anos, com o Projeto Expansão, que prevê a implantação de duas novas fábricas no Maranhão e no Piauí, a Suzano terá um incremento das áreas florestais nesses Estados e também no Pará e no Tocantins. Para a fábrica do Maranhão, o suprimento de madeira virá dos plantios de eucalipto do Programa Vale Florestar, em implantação pela Vale no Pará, de plantios nos ativos florestais adquiridos da Vale, localizados no Sudoeste maranhense, e de plantios próprios e de outros produtores locais na forma de fomento e parcerias florestais. A base florestal a ser implantada no Piauí será composta aproximadamente de 70% de plantios próprios e de 30% de outros produtores locais na forma de fomento e parcerias florestais. Para estas unidades a base florestal está equacionada.
Desde 1983, a Suzano pesquisa a adaptabilidade de diferentes gerações de clones de eucalipto ao clima mais seco do Maranhão e Piauí, tendo desenvolvido uma tecnologia específica para a região. Com estes estudos, a Suzano criou condições para que a cultura do eucalipto seja uma realidade nesta região do País.
As áreas florestais da Suzano, plantadas em São Paulo, no sul da Bahia, no norte do Espírito Santo, nordeste de Minas Gerais e Maranhão, somam 513 mil hectares de florestas, dos quais 231 mil hectares estão destinados ao plantio de eucalipto e 195 mil hectares constituem áreas de preservação de mata nativa, o equivalente a cerca de 40% da área total. Além das florestas próprias, parte do fornecimento de madeira vem do Programa de Fomento Florestal, sistema que incentiva o cultivo de eucalipto em terras de produtores locais independentes, como uma forma de gerar emprego e renda e contribuir para o desenvolvimento regional. Atualmente, o fomento abrange uma área de 77 mil hectares, e a madeira proveniente desses produtores passou a representar cerca de 25% do consumo total da Suzano. Em São Paulo, 811 proprietários participam do programa e, na Bahia e no Espírito Santo, são 333 proprietários. Em 2007, a Unidade de Negócio Florestal (UNF) da Suzano, junto com os fomentados, plantou cerca de 42 milhões de mudas de eucalipto e 400 mil mudas de árvores de espécies nativas.
