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Klabin moderniza atividades florestais

11/03/2008 - 00:03
A Klabin está implementando um novo modelo de colheita florestal, com a aquisição de novos equipamentos e um grande programa de treinamento e capacitação profissional.

O investimento, de cerca de R$ 60 milhões, visa à modernização e maior produtividade das atividades, aliadas as práticas sustentáveis. O investimento já está quase concluído na Unidade Monte Alegre, localizada em Telêmaco Borba (PR) e cujas florestas plantadas de eucalipto e pínus se estendem por 24 municípios da região. Em Santa Catarina, os novos equipamentos entram em operação ao longo de 2008.

Além da maior produtividade, as novas máquinas estão trazendo às atividades no Paraná benefícios como redução de custos de colheita, menor perda de madeira na colheita e menor custo de reposição da floresta. O novo processo possibilita também o aproveitamento dos resíduos florestais – galhos e copas – que se tornam insumo (chamado biomassa) para a geração de energia limpa na fábrica.

A menor pressão dos equipamentos sobre o terreno, ao lado do fato de que não é necessário limpá-lo para o plantio, possibilita uma melhor conservação do solo, com ganhos no preparo dos plantios futuros de florestas. As novas máquinas também trazem mais segurança e melhores condições ergonômicas aos operadores e à equipe de campo, um item da Política de Sustentabilidade da Klabin, que prevê a promoção do crescimento pessoal e profissional dos seus colaboradores e a busca da melhoria contínua das condições de trabalho, saúde e segurança.

Também nesse sentido, a Klabin contratou profissionais para operar os novos equipamentos no Paraná, junto às regiões em que mantém florestas plantadas. Esses colaboradores passaram pelos treinamentos realizados em parceria com o Senai.

“Somos orientados pela inovação, retorno econômico e eficiência no uso dos recursos naturais, que são plataformas para o nosso crescimento sustentável. A aquisição dos novos equipamentos e a capacitação de mão-de-obra são reflexos desse movimento”, explica Cláudio Ortolan, assessor da Diretoria Florestal e de Supply Chain e responsável pela coordenação do projeto, acrescentando que foram adquiridos os maiores e mais modernos equipamentos disponíveis no mundo porque a floresta da Klabin representa um desafio extraordinário pela diversidade e tamanho das árvores.

Os Fellers fazem colheita com alta produtividade ao mesmo tempo que evitam a quebra das árvores; em seguida, as empilham em feixes. A operação de derrubada é feita com precisão para evitar danos às áreas de preservação. Os operadores trabalham em cabines ergonômicas e protegidas inclusive contra tombamento. Cinco desses equipamentos estão em operação no Paraná.

Já o Skidder faz o arraste das árvores deixadas nos feixes até a área onde elas serão então desgalhadas e processadas. Possuem seis rodas ao invés de quatro (mais comuns), para menor impacto sobre o solo. Já são cinco equipamentos também operando no Paraná.

O trator Shovel Logger é uma máquina de apoio para a movimentação (arraste e empilhamento) das árvores, principalmente nos locais de difícil acesso para skidders ou outros equipamentos. Três das cinco máquinas previstas já estão trabalhando no Paraná. Essa máquina é indicada para áreas onde o solo é úmido, pedregoso, inclinado ou de difícil tráfego. Evita o uso de guincho, equipamento alternativo nesse tipo de aplicação, com um histórico de maior risco relacionado à segurança dos trabalhadores.

Na próxima etapa, as árvores, já empilhadas na beira da estrada, são desgalhadas e cortadas em toras nos comprimentos determinados – para venda ou abastecimento da fábrica por um equipamento chamado Processador Computadorizado. Esses processadores são capazes de medir os diâmetros e os comprimentos desejados para as toras, fazendo o corte exato. Eles também fornecem relatórios de quantidade de toras e volume cortados no turno de trabalho.

Todos os motores diesel que equipam as máquinas são de última geração, visando à menor emissão possível de gases poluentes. Outra preocupação foi a de garantir que a manutenção e o gerenciamento dos módulos de colheita estejam próximos à operação. Uma oficina bem equipada e escritório móvel fazem parte de cada módulo operacional. O supervisor da operação terá acesso a todos os sistemas de informação da empresa, via satélite, diretamente do ponto de operação.

“A implantação do novo sistema de colheita é muito mais do que a compra e implementação de novos equipamentos; passa pela capacitação da empresa em desenvolver sistemas de operação florestal com uma visão abrangente de longo prazo e de melhoria contínua”, conclui Ortolan.

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