Revista Graphprint - Edição 190
GRAPHPRINT Mar/Abr 2019 29 A Heidelberg, diz Henrique, possui dobradeiras de diversos forma- tos indicadas para impressão digital, com automação dos rolos de dobra e bolsas, que permite uma rápida troca de trabalho, indicada exatamente para menores tiragens. “Temos também guilhotinas Polar de diversos formatos com a possibilidade de envio de infor- mações de sequência de corte, formatos e distância, o que agiliza o corte e diminui falhas no processo, além oferecer opções de arma- zenamento de sequências já cortadas”, acrescenta. Entrada nos conceitos de produção 4.0 Para maximizar os retornos, a indústria gráfica necessita de plata- formas abertas e inovadoras para compartilhar ideias, quebrar para- digmas e liberar acesso a novos mercados. Chegou a era da automa- ção industrial com base na evolução tecnológica e digitalização dos sistemas produtivos permitindo que a a eficiência e a produtividade cresçam num ritmo acelerado. O desenvolvimento tecnológico dos parques gráficos tende a ser contínuo para se adequarem às exigências de competitividade do mercado. Mais do que a implantação de softwares, é preciso pensar em uma gestão industrial baseada em informação para criar em- presas mais inteligentes. Segundo o Relatório “Readiness for the Future of Production Report 2018” (WEF), o Brasil ocupa a 41ª posição em termos da estrutura de produção e a 47ª posição nos vetores de produção da indústria. Além disso, em 2018 ocupamos a 64ª posição entre 126 países avaliados no Índice Global de Inova- ção (IGI). Conforme levantamento da ABDI, o país tem potencial de redução de custos de R$ 73 bilhões/ano, impulsionado pelas mudanças das plantas industriais para a Indústria 4.0, o que geraria ganhos na eficiência de produção, manutenção de equipamentos e consumo de energia. O gerente geral do Grupo Furnax conta que durante anos a princi- pal preocupação do empresário gráfico era imprimir bem e rápido, porém com a mudança de mercado e novos hábitos de consumo, surge uma maior demanda por produtos personalizados e em tira- gens cada vez menores. “Infelizmente, o acabamento ainda é o gar- galo de muitas gráficas no nosso país, que utilizam equipamentos obsoletos, ou terceirizam este serviço sem ter controle do tempo de entrega ou fazem manualmente os serviços de acabamento. Acredi- tamos que com um mercado altamente competitivo, as gráfica es- tejam buscando a profissionalização de seus negócios, tendo maior foco em controlar seus prazos, valores e orçamentos de maneira a gerar lucro. Temos a certeza de que o profissional que colocar na ponta do lápis todas as variáveis de seu negócio verá que o inves- timento em equipamentos de acabamento trará não apenas mais qualidade ao seu produto final, mas também saúde financeira à sua empresa”, fala Nakagawa. Coelho informa que a Horizon já vem se preparando para a indús- tria 4.0 por meio de a integração de suas soluções de acabamento e desenvolvimento de softwares de integração ao sistema da grá- fica. “Por isso, a Horizon possui um pacote de softwares “pXnet” - Sistema de Controle do Acabamento que é utilizado como ponto de controle central para agendamento de trabalhos, enviar dados de trabalhos para cada acabamento, monitoramento do status dos acabamentos e coleta de estatísticas de produção dos acabamentos em tempo real. O sistema possibilita a integração com um fluxo de trabalho já existente, para a configuração automatizada do JDF.” A implementação deste sistema, de acordo com o diretor da Fer- rostaal, traz benefícios tais como: “visualizar os trabalhos em an- damento em tempo real, para tomar decisões sobre programação, planejamento de pessoal e utilização de equipamentos; agenda- mento de trabalhos que alertam para prazos perdidos, para que seja possível equilibrar os trabalhos ou agendar turnos adicionais conforme necessário; todos os trabalhos são salvos no sistema, para que seja possível recuperar tarefas recorrentes rapidamente. É pos- sível também rever trabalhos anteriores para responder perguntas ou resolver problemas; identificação dos pontos de estrangulamen- to do acabamento e coleta dados em tempo real do chão de fábrica, Ronaldo Dias, vendedor técnico da Müller Martini: “Os equipamentos de acabamento offset de médio porte estão entre os mais procurados. Ultimamente observa-se que os nossos clientes offset tradicionais buscam cada vez mais soluções de acabamento híbridos que também atendem a impressão digital.”
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