Distribuição dePapéis
GRAPHPRINT JUNHO15
36
tendemos que a impressão digital é uma das características da
transformação social e cultural provocada pela disseminação da
tecnologia. Adequar a quantidade e a caraterística de impressão
decadaprodutoou iteméumadaspossibilidadesoferecidaspela
tecnologia e não necessariamente implica redução do consumo
depapel. Facilitando o acesso à impressãopode-se atingir outros
públicos, ampliando o foco e os volumes. Apostamos na conver-
gência e na coexistência de todas asmídias, como o livro eletrô-
nico e o impresso. Sãomuitos os públicos e as ferramentas para
alcançá-los; o mercado de impressão está buscando isso e o de
papel e de distribuição devem acompanhar”, pontua.
Um importante player do setor papeleiro, a Suzano Papel e Ce-
lulose, por meio do seu diretor comercial da Unidade de Negócio
Papel, Leonardo Grimaldi, explica que unificou as suas operações
de venda e distribuição de papéis em todo o país, garantindo
maior disponibilidade de produtos nas pontas e proximidade com
os clientes. Desdemarço, aárea comercial atuadivididaem cinco
escritórios regionais:NorteeNordeste,Sudeste,Sul,SãoPaulo in-
terior eCentro-OesteeSãoPaulo. Completamessemodeloquatro
CentrosdeDistribuiçãoRegional (CDRs) e16CentrosdeDistribui-
ção Local (CDLs). “Os CDRs são estruturas maiores que, além de
estoque de produtos, atuam no corte e na embalagem de papéis
de acordo com a necessidade do cliente”, conta Grimaldi, acres-
centandoqueaempresahojedistribui osprodutosdaSuzanoede
produtores importantes, como aOji, Colacril,Maittra eMDPapéis.
Na visão de Grimaldi, o consumo de papel, historicamente, acom-
panha o desempenho da economia: “No primeiro trimestre des-
te ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Árvores (IBÁ), a
demanda doméstica por papéis de imprimir e escrever e papel
cartãoapresentou retraçãode13,5%emcomparaçãocomomes-
mo período do ano passado. Temos a expectativa que o segundo
semestreserámelhordoqueoprimeiro,eprecisamosassimestar
atentos a oportunidades de negócios. A linha que enfrentamenor
retração neste começo de ano é a linha de papel cartão, que se-
gundo dados da IBÁ, sofreu queda de 8,7%. A linha de imprimir e
escrever apresentou retração de 15,1%”, informa.
Com relação à impressão digital, a Suzano, conforme Grimaldi,
não tem linha específica, “mas temos notado que os nossos pro-
dutos estão sendo utilizados para estefim.”
Caminhosdopapel
De janeiro a abril deste ano, a receita de exportação do setor de
árvores plantadas totalizou US$ 2,42 bilhões, registrando cresci-
mento de 1,8% em relação aomesmo período de 2014. Também
nos quatro primeiros meses de 2015, o setor registrou saldo po-
sitivo de US$ 2,03 bilhões na balança comercial setorial, ou seja,
um aumento de 14% em relação ao primeiro quadrimestre de
2014. Confira agora outros indicadores de desempenho do setor
de árvores plantadas, na edição demaio do Cenários IBÁ, boletim
mensal da IndústriaBrasileira deÁrvores.
Na seara celulose, de janeiro a abril de2015, aprodução totalizou
5,42 milhões de toneladas, alta de 4,3% em relação ao mesmo
períododoanopassado. Ovolumeexportado registroucrescimen-
to de 12,7% na comparação com 2014, totalizando 3,66milhões
de toneladas. Já no quesito papel, nos quatromeses de 2015, as
exportações de papel atingiram 639 milhões de toneladas, ante
642 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. A
produção se manteve praticamente estável de janeiro a abril de
2015 e atingiu 3,4 milhões de toneladas. As vendas domésticas
somaram 1,7milhão de toneladas, volume 5,6% inferior em rela-
ção aomesmo período de 2014.
Leonardo Grimaldi, diretor comercial da Unidade de Ne-
gócioPapel daSuzano:
“Os CDRs são estruturasmaiores que,
além de estoque de produtos, atuam no
corte e na embalagem de papéis de acordo
com a necessidade do cliente”, conta
Grimaldi, acrescentando que a empresa
hoje distribui os produtos da Suzano e de
produtores importantes, como aOji,
Colacril,Maittra eMDPapéis.”