Revista Graphprint - Edição 193

GRAPHPRINT Set/Out 2019 26 busca por tecnologias que agregassem um valor diferencial ao impresso, descobrin- do a experiência de ir além da impressão. A partir daí, Benvenho passou a oferecer aos clientes vídeos 360º, ambientes virtu- ais em 3D, gamificação, apresentações de ambientes, tudo com o apoio do impresso. Na realidade Virtual, é possível “entrar” no ambiente em 360º com o uso dos óculos. Já na realidade aumentada, o conteúdo “sai” do impresso com o uso de disposi- tivos móveis (normalmente online, mas também possível de forma offline), sem- pre visando a maior comunicação com o cliente - e de forma mais acertada, pois é possível registar o número de interações, quando foram feitas, de onde saíram as interações, entre outros dados. O próprio “óculos” de realidade virtual pode ser feito com papel cartão impresso. “A internet não é concorrente, é aliada. É preciso conhecer a tecnologia e explorar o meio de negócio”. Benvenho deu uma série de exemplos do uso das novas tecnologias: o imã de geladeira que gera vídeos de pro- moção quando um celular é aproximado; a loja de móveis que mostra a escala real da mobília que comercializa através do aplica- tivo; o vídeo com a forma correta de utili- zar um produto e muitas outras formas de aproveitar os benefícios das inovações. “O cliente busca soluções. E nós, como gráfi- cos, precisamos levar as soluções. É preciso estratégia de marketing, aprofundar o co- nhecimento do usuário e não pensar só em imprimir: é interagir”, finalizou. O GERENCIAMENTO DE CORES NA IMPRESSÃO DIGITAL O especialista em gerenciamento de cores, Bruno Mortara, passou o panorama das normas técnicas sobre cor no mercado de impressão e como o digital vem se adap- tando aos conceitos já estabelecidos para alcançar uma melhor padronização das co- res na produção dos materiais oferecidos aos clientes. Mortara lembrou que há normas técnicas na área de impressão, mas elas não são vol- tadas para a impressão digital em grandes formatos, algo que ainda falta dentro da indústria. “Qual vai ser meu magenta, quais serão minhas secundárias, qual será meu ganho de ponto? Se você não tiver algo para se basear, fica mais complicado. Quando alguém vai imprimir, necessita dos requisitos técnicos mínimos”. Ele tratou das boas práticas na impressão digital, especialmente em grande formato, que têm fatores complicadores como a ga- ma de materiais que podem ser impressos, de lona a madeira. Mortara lembrou que um fato no momento de definir as especifi- cações é saber da distância de visualização, que terá relação direta com a resolução, va- riáveis que a offset normalmente não tem. Mortara deu dicas de cuidados no mo- mento da pré-impressão, calibração, RIP, criação de perfis e o entendimento sobre as qualidades de saída de impressão ao de- pender do objetivo daquele impresso, para atender corretamente cada demanda com eficiência e economia de recursos. DEBATENDO O MERCADO DE IMPRESSÃO O Congresso foi finalizado com um deba- te com três profissionais de sucesso na in- dústria - e que possuem a impressão digital como parte da estratégia: o gerente de ope- rações da FuturaIM, Felipe Augusto; o co- ordenador de marketing da BrasPor, Paulo Estrella Fagundes; e o master franqueado e CEO da master franquia brasileira das AlphaGraphics, Rodrigo Abreu. A media- ção foi conduzida pelo professor Manoel Manteigas de Oliveira. Felipe Augusto indicou que se tenha bem definido qual o tipo de cliente que se de- seja atender. A empresa possui atualmente milhares de clientes por mês e conta com um pensamento diferente de logística, possuindo 2,3 mil pontos de retirada por todo o Brasil, o que resulta em um frete reduzido ao cliente final. Ele contou todas as etapas, da captação à manutenção do cliente. Rodrigo Abreu falou das transformações globais, os novos tempos, as novas profis- sões, como a sociedade vai mudar e como estar preparado para isso. Mostrou um case de sucesso da franquia e explicou como é o trabalho com o franqueado e com os clien- tes da Alphagraphics, que vem avançando pelo Brasil com o conceito franchising. Paulo Estrella Fagundes falou sobre prepa- rar o comprador, pois este não é mais um especialista de impressão: é um profissio- nal dentro da agência ou empresa que tem um entendimento mínimo - ou nulo - de questões específicas sobre tipos de impres- são, papel, qualidade ou outros pontos. Por isso, a venda precisa ser o mais consul- tiva possível, com a equipe de marketing e vendas da gráfica preparada, auxiliando no estudo da demanda de qualidade. Ele rela- tou a busca de investimento em tecnologia para se manter o máximo possível atualiza- do, sendo um fornecedor múltiplo.

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