Revista Graphprint - Edição 193

GRAPHPRINT Set/Out 2019 47 Panorama Durante o evento Kantar Talks realizado recentemente, a Kantar apresentou mu- danças e tendências que impactam o mer- cado no Brasil e no mundo, fornecendo diretrizes para que as empresas possam crescer, adaptando suas estratégias e cam- panhas de comunicação. Em um cenário global onde a transforma- ção constante é a única certeza, o relatório Energias Globais, da Kantar – realizado em 26 países, por meio de 34.000 entrevistas - evidenciou as 8 principais tendências que se tornam cada vez mais importantes para o consumidor. A primeira delas é a preocupação com a responsabilidade - tanto social, quanto ambiental -, seguida pela busca incessante por expe- riências positivas, bem-estar físico e espiritual, conexões humanas mais relevantes, fluxos flexíveis e simplicidade. Para completar, o consumidor atual também deseja preservar sua identidade, que é única e foge de estereótipos, e ter proteção, seja física, digital, ambiental ou financeira. “Parece complexo e é, mas para crescer e se manter no topo as empresas devem ter conheci- mento sobre esses conceitos, a fim de atender as necessidades do consumidor, que se refletem na interação com as marcas e princi- palmente nas decisões de compra”, comenta Sonia Bueno, presi- dente Brasil da Kantar. Essas novas tendências criam um consumidor “multi”, ou seja, que se abre para novas perspectivas, tem mais opções de marcas e busca canais específicos para sua compra. Ele procura o que lhe proporcio- na experiências mais valiosas, faz trocas, explora novas marcas e cate- gorias e abandona antigas, frequenta menos vezes o ponto de venda. E tudo isso faz surgir novos nichos de mercado. “Antes buscava-se Mudanças e tendências que impactam consumo no Brasil e no mundo As novas tendências criam um consumidor “multi”, ou seja, que se abre para novas perspectivas, tem mais opções de marcas e busca canais específicos para sua compra alimentos menos calóricos, enquanto hoje também há uma busca por segmentos como “sem glúten” e “sem lactose”, o que significa uma oportunidade e um desafio para as empresas”, afirma Elen We- demann, managing director da Kantar, divisão Worldpanel. Segundo Elen, atualmente existe mais dificuldade para as mega- marcas crescerem, seja por penetração ou frequência. “Para essas marcas conseguirem crescer ainda mais é necessário que elas usem diferentes canais e atentem-se que a decisão de compra é uma com- binação de ocasião, benefício, necessidade e experiência”, completa. COMO AS MARCAS PODEM CRESCER E SE MANTER NO TOPO A disrupção tornou-se a palavra do momen- to e algo vital para as empresas crescerem e se manterem no topo, mas de nada adianta se essa diferenciação não trouxer um valor real para o consumidor. O ranking BrandZ da Kantar, que mensura o valor das marcas há 14 anos, detectou que, na comparação entre os rankings de 2006 e 2019, oito dife- rentes empresas aparecem entre as 10 maio- res - quase todas de tecnologia. “As mudanças nos hábitos de consumo, pro- dutos, mídia e tecnologia ditam quem atinge e quem se mantém no topo. Está muito difícil crescer e mais difícil ainda é manter o crescimento”, garante Valkiria Garré, CEO da Kan- tar, divisão Insights. Segundo ela, entre 2006 e 2019, entre as 100 maiores marcas do mundo, 52 mudaram, ou seja, mais da metade. O segredo para o sucesso está na combinação de três itens básicos: relevância, diferenciação e conhecimento. É fundamental que as empresas encontrem as necessidades dos seus consumidores para que possam ir além de onde já estão estabelecidas, foquem em ni- chos de mercado, personalizem seus produtos e serviços, cheguem mais facilmente ao consumidor e adotem novos modelos de negó- cios. Atualmente, as marcas só crescem se conseguirem se diferen- ciar, mas o principal é continuar nesse movimento. Para nortear as marcas, a Kantar definiu, em parceria com o Insti- tute of Real Growth 7 pilares: ter uma visão mais ampla do merca- do; ter múltiplos modelos de negócios; evoluir as experiências do consumidor; reescrever suas culturas; agilizar a organização; usar o lado direito do cérebro (combinando a análise de dados com a criatividade) e ter um crescimento humanizado.

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