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Mercado Gráfico Nordestino
GRAPHPRINT MAI 11
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Edson Cunha Neto, diretor comercial da Gráfica
Santa Marta
leitor. Hoje, com o desenvolvimento da região, muita gente migrando do
Sul, as obras do Porto de Suape emuitamão de obra especializada che-
gando, essas pessoas querem ler jornal, querem saber da informação”,
argumenta o diretor industrial do Diário de Pernambuco, Airton Ciulada.
“Eu acredito que o jornal continue a pleno vapor juntamente comas ou-
tras mídias, pois existe um público leitor fiel. O que acontece hoje é que
o jornal se transformou emplataformamultimídia. Hoje, nósmandamos
o Diário de Pernambuco para o seu iPad. Ao final das notícias do jornal
existe uma indicação para que o leitor acompanhe aquela notícia na
tevê ou na rádio. Ou seja, só muda a forma de divulgar e comercializar
a informação.”
A gráfica do Diário de Pernambuco funciona com uma rotativa News
Liner Global (capacidade de 70 mil exemplares/hora) com duas dobra-
deiras, quatro trocadores de papel e dois CtPs Trend Setter Kodak, ins-
talados há dez anos nomesmo local, que tem2,9mil metros quadrados
e uma equipe de 70 pessoas
Adequação
Com o cenário apontando para um significativo crescimento do
mercado, as gráficas têm feito altos investimentos em equipa-
mentos e tecnologia de ponta para atender a uma demanda que
promete bons frutos para o setor. O mercado gráfico nordestino já
vem crescendo uniformemente nos últimos anos, devido à expan-
são industrial e comercial do Nordeste. Na visão do presidente da
Gráfica Flamar, Roberto Leite Ribeiro, fatos como custo logístico,
por exemplo, vêm pressionando para que os produtos sejam fabri-
cados na região ao invés de migrarem do Sudeste.
“Decorrente desta situação, as gráficas foram pressionadas a se equi-
parem melhor e apurar sua qualidade, atraindo os fornecedores de
equipamentos, inclusive alguns se instalando na região. A força de ven-
das e a concorrência destes fornecedores provocaram um derrame de
novos equipamentos na região, criando um desequilíbrio entre oferta e
procura no mercado.Hoje, o crescimento da capacidade produtiva grá-
fica é maior que o crescimento do consumo gráfico, provocando uma
concorrência muito acirrada, prejudicando os resultados, porém o cres-
cimento da região é superior ao crescimento do País, o que em pouco
tempo deve equilibrar a situação novamente”, analisa Ribeiro.
Além de investimentos recentes de 3,2 milhões de euros em equipa-
mentos, a Flamar planeja investir mais R$ 11 milhões na construção
e instalação de uma nova unidade, com um aumento de área inicial de
300% e aquisição de novos equipamentos com tecnologias diferencia-
das. A empresa atua há mais de 30 anos no mercado de Pernambuco
e do Nordeste, consolidando sua atuação nos setores promocional, edi-
torial e de embalagem.
Ajuste de mercado
Assim como o presidente da Flamar, o diretor comercial da Gráfica San-
ta Marta, Edson Cunha Neto, avalia que, nos últimos anos, vem acon-
tecendo uma evolução do mercado gráfico, mas muito mais por inves-
timentos das gráficas do que pelo crescimento da demanda. “Hoje eu
vejo uma oferta muito grande de gráficas, mas a demanda não cresceu
na mesma proporção. Existem também diferenças muito grandes de
preços entre gráficas e um dos motivos para essa situação pode estar
ligado à questão do papel imune. Isso confunde a cabeça do cliente, que
não sabe o que está acontecendo no mercado.”
No entanto, Cunha Neto é otimista com relação ao futuro e acredi-
ta que existe um grande interesse de empresas do Sul e do Sudes-
te em se instalarem no Nordeste, o que impulsiona investimentos
para os impressos. “Essas empresas vão precisar investir, conse-
quentemente, em publicidade. Somem-se aí os investimentos em
educação por parte do governo, tudo isso impulsionando o merca-
do gráfico nos próximos dez anos.”
Hoje, a Santa Marta possui cinco impressoras planas, sendo duas oito
cores com reversão, e ainda duas rotativas em funcionamento e uma
“Hoje eu vejo uma oferta muito grande de gráficas, mas
a demanda não cresceu na mesma proporção. Existem
também diferenças muito grandes de preços entre gráficas
e um dos motivos para essa situação pode estar ligado à
questão do papel imune. Isso confunde a cabeça do cliente,
que não sabe o que está acontecendo no mercado.”