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GRAPHPRINT MAI 11
Mercado Gráfico Nordestino
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GRAPHPRINT - O que o senhor vê como dificuldades para o setor
e o que pode ser melhorado?
Eduardo Mota -
A maior dificuldade que encontramos é com re-
lação ao financiamento de equipamentos de tecnologia de ponta.
Temos sentido muito porque o setor gráfico não tem certos privi-
légios de bancos estaduais ou Finame, por exemplo. Nós temos
trabalhado isso com nossos deputados e senadores para que o
setor gráfico seja beneficiado com um volume de capital para fi-
nanciamento desses equipamentos. A maioria dos empresários do
setor gráfico tem adquirido equipamentos com verba própria ou
financiamento do próprio fabricante.
GRAPHPRINT - A desoneração de bens de capital também seria
uma solução?
Eduardo Mota -
Sem dúvida, quando trazemos equipamentos para
dentro do Estado pagamos ICMS de fronteira, o que é um absurdo,
pois esses equipamentos vão gerar produção, emprego e desen-
volvimento.
GRAPHPRINT - Quais os fatores de impulsão para o mercado
gráfico?
Eduardo Mota -
Acredito que sejam as novas empresas que estão
chegando. O polo petroquímico que vai se formar em torno do Porto
de Suape é bastante significativo. A Fiat está se instalando aqui e, jun-
to com ela, muitos fornecedores também virão. Todas elas vão utilizar
impressos, catálogos, cartões, folders, manuais etc. Tudo isso exige
que o setor esteja preparado para atender a essa futura demanda.
GRAPHPRINT - Quais os segmentos gráficos que o senhor avalia
que crescem mais?
Eduardo Mota -
Acredito que o setor de embalagens é o que mais
cresce, até porque Pernambuco não tinha essa tradição, tanto que
as grandes empresas de embalagens não estão aqui. Elas vêm
de fora, vendem aqui, mas não estão radicadas aqui. No entanto,
já estão começando a chegar. Outro segmento que está ficando
forte é o de flexografia, para adesivos e etiquetas, que era pouco
divulgado e que vem gerando investimentos.