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Certificação
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Temas como água, florestas (conservação), construções e descarbonização da
economia, queiram ou não, terão de ser debatidos e executados daqui em diante.
Nossas cabeças terão de trabalhar fundamentadas numa agenda baseada no
século 21. Isso quer dizer que o mundo mudou, velhos discursos não são mais
aceitos e a transformação é a atitude do momento.
O lead acima é sinônimo de sustentabilidade e esta denominação, de uma manei-
ra pragmática, mas funcional, é a preocupação com as gerações futuras. Esque-
çam os lucros e as fórmulas mágicas de conquistar dinheiro, caso sua empresa
não ligue para a ideia de viver num mundo melhor. Atualmente nosso desafio
principal é criar um bom repertório de escolhas públicas e de consumo de pro-
dutos para a sociedade. Por isso, o setor privado precisa se sensibilizar para as
causas ambientais.
Nós, brasileiros, temos como principal meta o posto de liderança na questão da
sustentabilidade. O mundo está de olho em nós; o universo sabe e espera que
possamos tomar a liderança quando a pauta for um mundo melhor. Vejam, por
exemplo, o caso do etanol brasileiro. É um combustível muito mais limpo, que in-
jeta menos poluentes na atmosfera e, eureca, por natureza, é nosso. Deram-nos,
enfim, a oportunidade de liderar, sem desvios.
A relação da indústria gráfica com as certificações
Como todos, somos parte inerente ao meio. Os impressos estão em todos os
lugares; o consumo de papel – é bem verdade que não há desmatamento para
novas produções – é alto e as máquinas e outros insumos tiram, em alguma
etapa, algo da natureza. Logo, somos, nós, indústria gráfica, poluentes, mas não
despreocupados.
Em contrapartida, podemos seguramente contribuir para que o Brasil chegue à
liderança de uma forma mais rápida e eficiente. “As empresas certificadas e em
processo de certificação demonstram o compromisso com a sustentabilidade de
seus processos por meio de suas ações. O uso do logo FSC garante que a matéria-
prima possui origem em uma empresa ambientalmente correta, socialmente justa
e economicamente viável. Ambientalmente correta se traduz numa empresa que
não polui ou degrada o ambiente; socialmente justa quer dizer que a empresa lida
com funcionários registrados, relacionamento com as comunidades do entorno,
atende às questões de saúde e segurança de seus trabalhadores; economicamente
viável significa que os recursos são manejados de forma a não esgotar o forneci-
mento”, fala Jairo Augusto Reinhardt, diretor técnico da Madeira Legal.
Leonardo Basilio, diretor comercial da Learn Business Consultoria, avisa que é
constantemente consultado para ajudar na solução de diversos problemas am-
bientais que afetam as empresas: “Sempre propomos aos clientes uma solução
de sustentabilidade. Para se apresentar de maneira coerente, defendemos as
seguintes políticas: otimizar o emprego de recursos não renováveis – compreen-
didos como ar, água e o território; não acumular lixo que o ecossistema não seja
capaz de ser sinérgico – isto é, fazer retornar às substâncias minerais originais
e, não menos importante, às suas concentrações originais; agir de modo com que
cada indivíduo e cada comunidade das sociedades ‘ricas’ permaneçam nos limi-
tes de seu espaço ambiental e que cada indivíduo e comunidade das sociedades
‘pobres’ possam efetivamente gozar do espaço ambiental ao qual potencialmen-
te têm direito. Lembrando que a escolha por uma boa empresa de consultoria é
50% da garantia de sustentabilidade e resultado positivo.”
Jairo Augusto Reinhardt, diretor técnico da
Madeira Legal:
“As empresas certificadas e em processo
de certificação demonstram o compromisso
com a sustentabilidade de seus processos
por meio de suas ações. O uso do logo FSC
garante que a matéria-prima possui origem
em uma empresa ambientalmente correta,
socialmente justa e economicamente viável.”
Larissa Mello Rechia, consultora do Grupo
Standard:
“A implantação da ISO 14000 e a certificação
do selo FSC, principalmente, são as de maior
impacto com a palavra sustentabilidade.
Quando implantada a ISO 90001, já incentiva-
mos a uma futura certificação da ISO 14001
ou até mesmo de um sistema integrado, por
exemplo.”