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CAUSA E EFEITO
GRAPHPRINT OUT 11
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Faturamento e hora trabalhada da indústria
crescem em julho, revela CNI
A atividade da indústria voltou a
crescer em julho
O faturamento aumentou 0,6% e as horas trabalhadas na produ-
ção tiveram alta de 1,2% na comparação com junho, de acordo
com dados sem infuências sazonais. As informações são da pes-
quisa Indicadores Industriais, divulgada no dia 6 de setembro pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento mostra
que, enquanto o faturamento cresceu pelo segundo mês consecu-
tivo, as horas trabalhadas registraram aumento após dois meses
seguidos de queda.
Mesmo com a expansão em julho, sobre o mês anterior, desses
dois indicadores, que estão mais diretamente ligados à atividade
industrial, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recuou 0,3
ponto percentual no período, segundo dados dessazonalizados.
Enquanto a indústria operou no mês de junho, em média, com
82,4% de UCI, a capacidade instalada foi de 82,1% em julho. O
gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flá-
vio Castelo Branco, disse que o recuo da UCI confrma o arrefeci-
mento da atividade industrial nos últimos meses. “A tendência é
de que essa desaceleração continue. Teremos um Natal menos
favorável à indústria brasileira, com maior consumo de produtos
importados”, previu.
Já o mercado de trabalho fcou estável na indústria. O indicador
do emprego sem infuências sazonais avançou apenas 0,1% em
julho ante o mês anterior. A massa salarial e o rendimento médio
real do trabalhador da indústria tiveram aumento no período de
3,5% e 3,3%, respectivamente, de acordo com indicadores sem
ajuste sazonal.
Piora
Entre os 19 setores analisados, na comparação com o mesmo mês
do ano passado, há piora no faturamento em julho para oito deles,
entre os quais máquinas, aparelhos e materiais elétricos e papel e
Logo após o anúncio da redução da Taxa
Selic de 12,5% para 12% a.a., muitos f-
nancistas criticaram a decisão do Banco
Central, pois acreditam que a manutenção
da taxa de juros é o melhor para a econo-
mia brasileira
A Abimaq, mediantes aos fatos, defende a
decisão do Comitê de Política Monetária
(Copom) de reduzir a taxa Selic em 0,5 pon-
to percentual, o que demonstra a autonomia
do Banco Central. Luiz Aubert Neto, presi-
dente da Abimaq (foto), afrma que as crí-
ticas de que a autoridade monetária cedeu
a pressões do governo para cortar os juros
partem de um “grupo de fnancistas”. “Há
uma reação visceral de fnancistas sobre
isso”, afrmou. “Eles estão como bezerros
Presidente da Abimaq contesta “fnancistas”
que defendem o aumento da Taxa Selic
quando desmamam e começam a berrar”, completou.
Neto ressalta que o corte de 1 ponto percentual da Se-
lic representa uma economia de R$ 16 bilhões com ju-
ros. “Nos últimos 16 anos, o Brasil pagou mais de R$ 2
trilhões em juros de dívida. É a maior transferência de
renda da história do capitalismo.” A taxa Selic e suas
consequências são “o maior câncer” que a economia
brasileira tem atualmente. “Nos oito anos do governo
FHC e nos oito anos de Lula, quem comandou o Banco
Central foram pessoas ligadas ao sistema fnanceiro.
O Brasil é o único país do mundo que coloca a raposa
para cuidar das ovelhas”, diz o presidente da Abimaq.
O presidente da Abimaq afirmou que, sem um aperto
monetário, a crise internacional poderá trazer im-
pactos à economia nacional. “A decisão do Copom
foi uma sinalização de que nem tudo está perdido”,
completa Neto.