Revista Graphprint - Edição 155 - page 3

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GRAPHPRINT JUNHO 15
EDITORIAL
Impressionante
buscada capacitação
Felizmente, outra vez, o esforço de toda a equipe da Agnelo Editora resultou emmais uma
ediçãoacertadadoPrêmioGRAPHPRINT.Destavez,nodia28demaio,naVillaBisutti,emSão
Paulo, a Revista GRAPHPRINT recebeu os líderes da indústria gráfica e aproveitou o embalo
festivoparapremiar o trabalhodiferenciadode fornecedores, gráficas epersonalidades.
Nosso especialmuito obrigado a todos que estiverampresentes; quemnão pôde prestigiar
que seja bem-vindo em 2016. No evento, em seu discurso de abertura, Agnelo de Barros
Neto, diretor-presidente daAgnelo Editora, enfatizou a confiança nomercado gráficomes-
mo que o setor esteja passando por algumas dificuldades. “Há diversosmeios de comuni-
cação, quemuitos diziam ter morrido, que estão voltando, como o envio demalas-diretas,
por exemplo. Definitivamente, o papel resiste e quem sobreviver, verá”, disse.
Por isso, nesta edição, preparamos uma reportagem especial com fotos, fatos e troféus.
Afinal, nossomelhor jeito de curtir um acontecimento parte da forma impressa, concorda?
Mesmo tendo acabado de passar por um evento contagiante e aconchegante, que nos
deu a oportunidade de rever velhos e bons amigos, não somos capazes de fechar os olhos
paraasdificuldadesenfrentadasatualmente.Dados frescos indicamquea indústriagráfica
nacional acompanhouomovimentogeneralizadodequedadaeconomianos três primeiros
meses do ano. Em um trimestre em que o PIB recuou 0,2% e a produção da indústria de
transformação registrou queda de 7,9% em relação aomesmo período do ano passado, o
setor gráfico recuou 3,7% na mesma comparação. Frente ao último trimestre de 2014, o
recuo foi de1,4% contra retração de 2,7%da indústria de transformação.A informação foi
apurada pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com base na Pesquisa
Industrial Mensal do InstitutoBrasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).
Houve, de acordo com o estudo, retração também nos investimentos do setor, com queda
de 15% nas importações de máquinas e equipamentos gráficos, em relação ao primeiro
trimestredoanoanterior.“Éumespelhodaquedade confiançadoempresário”, constatao
presidente nacional daAbigraf, Levi Ceregato.
Permita-me ser econômico ao publicar notícias não tão alvissareiras. Permita-me também
olhar por outro prisma. Há quem diga e aposte que na crise nascem grandes oportunida-
des para empreendedoresmais atentos.Assim, surgem negócios que podem gerarmuitos
lucros nos anos seguintes. Nesse sentido, é fundamental a capacitação para empreender,
principalmente no Brasil, onde cerca de 50% das empresas fecham suas portas antes de
completarem cinco anos, de acordo com dados do IBGE.
Para corroborar a questão, busquei a opinião de Alberto Borges Matias, professor do
Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração e doutor em finanças e marketing pela
FEA/USP: “As melhores empresas nascem na crise e recessão de mercado. O problema
é que os empresários brasileiros não têm uma visão de longo prazo, diferentemente de
muitos países, como Japão, EstadosUnidos, que fecham seus planejamentos com anos de
antecipação”, explica o especialista em empreendedorismo.
De acordo com o indicador Serasa Experian sobre nascimento de empresas, em 2013
foram criadas 1.840.187 novas empresas no Brasil. Contudo, como 50% desse número
não sobrevive três anos, assim, provavelmente, cerca de 900mil devem fechar as portas
até 2016. Podemos perceber, dessa forma, que é notória a necessidade demais capacita-
ção do empreendedor. “Geralmente, o empreendedor no Brasil abriu seu próprio negócio
após passar por grandes empresas. Trabalhou por muito tempo na área de vendas, mas
não entende de gestão de pessoas e finanças, o que é um problema, pois pode impactar
diretamente o capital humano e resultados”, disseMatias.
Sem conclusões exatas, mas humana, talvez a capa-
citação seja a bola da vez no setor. Eu escrevi talvez,
ok? Emmomentos de turbulência, além de apertar o
cinto, uma estratégia adequada é aquela que promove
o equilíbrio entre os esforços comerciais e as atitudes
internas de respeito pela marca e pela reputação da
empresa. E o exercício pode começar internamente:
ouçasuaequipeesedisponhaacolocá-lanocentroda
discussão sobre a importância das suas ações para a
reputaçãodamarcaemanutençãodos negócios.
Antesde fechar esteeditorial,nãopossoperder aopor-
tunidadedecobraraçõesdos líderesdapolíticabrasilei-
ra.Neste trecho, peço licença aoSidneyAnversaVictor,
presidente da Abigraf Regional São Paulo (Associação
Brasileira da Indústria Gráfica-SP), que foi perfeito
numapartedeseuartigoenviado recentemente:“Ogo-
verno também prometeu medidas saneadoras e com-
bate à inflação,mas não contém o déficit público, que
alimenta a escalada dos preços, estimula uma ciranda
financeira em torno dos títulos do Tesouro e aguça o
apetite dos especuladores. Ou será que alguém é in-
gênuo a ponto de acreditar que se tirando direitos pre-
videnciários de aposentados, viúvas e desempregados
promove-se a redenção da responsabilidade fiscal?”
Sugiro a leitura completa do artigo“Desrespeito à inte-
ligência e ao bolso dos brasileiros” no blog da GRAPH:
www
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Saudações GRAPHPRINTENSES!
Fábio Sabbag
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