Revista Graphprint - Edição 179

ADESIVOS GRAPHPRINT SETEMBRO 17 16 Os dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostram que diversos segmentos da quí- mica têm sofrido nos últimos anos com a falta de competitividade. Segundo o es- tudo “Estatísticas do Segmento de Colas, Adesivos e Selantes”, o consumo aparen- te nacional (CAN) teve queda de 26,3% em 2016 em relação ao ano anterior. De acor- do com o estudo, essa queda de consumo prejudicou os fabricantes brasileiros: a produção recuou 29,3% no ano passado, enquanto as importações caíram apenas 1,3%. Já as exportações tiveram queda de 8% em 2016 no mesmo período. Se for feita uma análise comparativa dos últimos dez anos (de 2016 a 2006), a produção caiu 26,9%, as importações aumentaram em 35,6% e as exportações cresceram 2,1%. Firmeza SEGMENTO DE ADESIVOS ACOMPANHA MERCADO DE IMPRESSÃO E TENDE A CRIAR NOVOS INSUMOS PARA ATENDER DE FORMA PERSONALIZADA Na avaliação da diretora de economia e estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, esse dado enfatiza um problema geral de toda a indústria quí- mica, que se refere à falta de competiti- vidade do produtor nacional em relação ao mercado externo. “As importações vêm tomando espaço do que antes era fabrica- do no país. Para agravar o quadro, a difícil situação econômica recente, que teve im- pactos no recuo da demanda final, acabou levando algumas empresas a desativarem unidades, especialmente nos segmentos de colas base água e também na base sol- vente. Essas desativações estão refletidas no recuo de produção verificado no ano passado. As empresas também, como toda a química, fizeram esforços na busca de al- ternativas para exportação, a fim de manter um nível adequado e seguro de produção.” O segmento tem forte relação com diver- sas cadeias industriais importantes para o Brasil, fornecendo uma variada gama de produtos para a indústria automobilística, construção civil, linha branca, alimentos, embalagens, entre tantos outras, que fo- ram profundamente afetadas pela crise econômica. Vale lembrar também que o ano de 2016 foi marcado por dois semes- tres distintos. Os primeiros seis meses do ano foram de intensificação do recuo da atividade econômica e também da quími- ca, enquanto o segundo semestre foi de melhora gradativa, que se acentuou nos últimos três meses do ano. As informações relativas à produção e às vendas (volumes e valores) foram analisa- das por meio de consulta direta da equipe Miguel Angel Perez, gerente de adesivos industriais da Henkel para América do Sul: “Os adesivos à base de poliuretano, por exemplo, são os mais demandados pelo governo para livro escolar. A empresa investiu R$15 milhões em novas linhas para adesivos poliuretanos na nossa planta de Jundiaí (SP) em 2013, incrementando nossa capacidade de produção. Esse foi o segundo maior investimento da empresa na área de adesivos no mundo todo.”

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