Revista Graphprint - Edição 179

GRAPHPRINT SETEMBRO 17 Plotters 25 AMPLA “À medida que empresas buscam cada vez mais a redução de custos e melhores margens, forçadas, muitas vezes, pelos re- sultados da economia e dos mercados em que atuam, vejo que as tintas à base de solvente ainda possuem um grande espaço para crescimento do consumo devido a sua reconhecida versa- tilidade e baixo custo”, fala Szupka. AKAD “Existe, sim, uma diminuição, principalmente, em função de empresas que zelam pela sustentabilidade, e essa queda do solvente tem sido substituída pelo aumento em UV”, fala Kovesi. CANON “Estamos vivendo um momento político e econômico tenso, com incertezas e dúvidas que acabam retraindo o poder de consumo dos clientes e enxugando os mercados. A indústria investe menos nos lançamentos de produtos; por muitas vezes é obrigada a escolher apenas uma forma ou outra de comuni- cação; a tomada de crédito passou de difícil para extremamente limitada; os volumes de impressão caíram etc. Tudo isso so- mado. faz com que o cenário para venda de novos modelos de impressoras mais caras e maiores seja reduzido. Seria muito in- delicado de minha parte afirmar se ainda há um caminho curto ou extenso a ser percorrido. O que os números mostram hoje é uma retração geral de mercado onde quem depende de grandes volumes de impressão para pagar ou justificar o investimento passa por dificuldades. A palavra de ordem é inovar, adequar nossa produção aos tempos atuais e criar novos produtos oriun- dos da impressão que já fazíamos para buscar novos nichos de mercado”, conta Tuvetto. HP “Sim, temos visto um aumento nas regulamentações ambien- tais no mundo todo, especialmente Europa e Estados Unidos. Temas relacionados à sustentabilidade estão em constante discussão e as empresas estão buscando desenvolver tecnolo- gias de impressão com maior preocupação ambiental. Quando analisamos o mercado, observamos que hoje existem certifi- cações para cada especificidade: para cartuchos de tinta, para mídias, para impressão, para empresas de impressão etc. Ou COM RELAÇÃO AOS INSUMOS, A EMPRESA ACREDITA QUE A UTILIZAÇÃO DE SOLVENTES ESTÁ DIMINUINDO OU AINDA HÁ UM LONGO CAMINHO A SER PERCORRIDO COM RELAÇÃO A ESSE TEMA? seja, certificações que têm o intuito de esclarecer ao consu- midor que ele está efetivamente comprando um produto sus- tentável. Dentro desse conceito, a utilização de solvente tem diminuído e dado lugar para tecnologias menos agressivas ao meio ambiente, como UV e látex. Desde 2009 a HP deixou de comercializar impressoras com tecnologia solvente e as subs- tituiu pelas impressoras HP Látex, que, no segundo trimestre de 2014, passaram a ser as impressoras mais vendidas do mundo para segmento de entrada em comunicação visual. Portanto, a preocupação ambiental é uma realidade e esse movimento tem levado outras empresas a também investirem na tecnologia látex, já que hoje ela já não é uma exclusividade da HP. O mundo está em constante mudança e em uma econo- mia globalizada é importante estar conectado às tendências”, comenta Fabbrini. MIMAKI “Por apresentar um baixo custo em relação a outras tintas, sim, acreditamos que o solvente irá permanecer no mercado por muito tempo. A tinta solvente, além de apresentar excelente resistência à fricção e mudanças climáticas, fornece uma alta qualidade de impressão. Além disso, a facilidade de manuten- ção e custo benefício são características favoráveis dessa tinta. Tintas solventes são conhecidas mundialmente por sua longa duração e são usadas como uma tinta padrão para impressão em sinalização, pois permitem impressão direta em PVC. Po- rém, outras tintas também vêm ganhando cada vez mais espa- ço no mercado, como a látex e a tinta UV. A tinta látex permite a impressão em uma vasta gama de materiais, incluindo PVC, papel, tecido, PET sem a camada de absorção de tinta, material no qual é difícil imprimir com tinta solvente. Ecologicamente correta e com baixo COV (compostos orgânicos voláteis), a fór- mula da tinta látex não necessita de ventilação especial no local de trabalho, pois possui mínimo odor. A tinta UV também tomou uma parte desse mercado, pois possibilita impressão em vidro, madeira, metais, cartão, espuma e tipos de substratos que não se encaixam numa impressora rolo a rolo, por exemplo. A tinta UV é curada e adere à mídia ou substrato através do led, que além de gerar menos consumo de energia e calor que as lâmpa- das convencionais, possui uma vida útil mais longa, reduzindo o desperdício”, argumente Caroline.